Atraso vai custar caro
As medidas do pacote fiscal anunciadas pela equipe econômica do Governo Dilma Rousseff eram mais do que esperadas. Até mesmo a proposta de recriação da CPMF não causou surpresa, apesar do recuo estratégico do Palácio do Planalto no primeiro momento. O maior lamento do parlamentares governistas no Congresso Nacional é pela excessiva demora na tomada de posição da presidente. Um deputado petista desabafou: “Resolveram agir somente depois que metade do corpo da vaca já estava atolado no brejo. O convencimento agora precisa ser dobrado”. E geralmente não sai barato.
Fugiu do controle
Outra crítica dos parlamentares atingiu diretamente a inabilidade política do ministro Joaquim Levy na entrevista coletiva. “É inadmissível dar risada no momento de uma resposta tão delicada e complexa como o período de duração da CPMF”, reclamou um senador peemedebista em conversa reservada com jornalistas. A “descontração” de Levy também repercutiu mal entre os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação), hoje os mais próximos de Dilma. A avaliação é de que o sorriso, provocado pelos repórteres, serviu para ratificar a desconfiança sobre os quatro anos de vigência da CPMF.
Encruzilhada
Michel Temer está numa verdadeira sinuca de bico em relação à CPMF. Ele advertiu a presidente que a proposta não seria aprovada no Congresso Nacional por falta de coesão política. Agora o imposto é o principal alicerce para evitar o naufrágio econômico do governo. O exercício de futurologia do vice pode custar-lhe o apelido de “coveiro do Planalto”.
Enxugando gelo
Ainda tem veículo de comunicação que divulga com estardalhaço nova ação no STF contra o deputado federal Paulo Maluf. No currículo do ex-governador já somam três outras ações penais que jamais resultaram em qualquer ação concreta para, pelo menos, atrapalhar os seus planos eleitorais. Maluf continua contando com o respaldo de parte do eleitorado paulista e rindo da Justiça.
A coisa tá feia
Se já não bastassem as dezenas de demissões no jornal “O Popular” nos últimos meses, provocando um clima de perplexidade no meio jornalístico, eis que o semanário “Tribuna do Planalto” também é atingido pela crise no setor. O jornal não circulou no último final de semana e a direção já comunicou a necessidade de demitir funcionários. Ninguém sabe ao certo se o semanário terá condições de voltar a circular regularmente.
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