O mês de setembro contempla o dia da Pátria e celebra o rompimento à submissão que a Colônia Brasileira tinha do Império Português. A comemoração acontece todos os anos, sequencialmente em todos os Estados quando apresenta um belo desfile Cívico. Obviamente, esse momento de patriotismo representa as aspirações de um povo com relação à liberdade conquistada. Mas diante desta solenidade surgem as dúvidas e gostaria de incitá-los à reflexão.
Será mesmo que estamos autônomos?
Ponderemos sobre a sua liberdade de expressão: ela existe?
Somos uma sociedade independente e estamos custodiados aos partidos políticos e também às mazelas da vida social, econômica e ambiental a qual nos inseriram!
Enquanto cidadão você tem condições reais de sobreviver economicamente sem ficar louco fazendo contas e mais contas durante o mês? As obrigações sociais que via de regra são para atender a população representam o que você deseja enquanto pagador de impostos? Vou além e indago quanto ao clima. Alguém lhe perguntou se poderia acabar com a biodiversidade que culmina no descontrole ambiental acarretando a falta de água, fauna em extinção, flora exterminada e patenteada por outras nacionalidades?
Onde fica e de quem seria a ‘Independência’? Uma certeza tem-se: a autonomia está longe de ser da sociedade brasileira.
Vivemos presos e submissos às conjugações partidárias. Somos dominados pelas siglas e estas por sua vez se exibem massacrando propostas indecentes, descabidas e mentirosas.
Eça de Queiroz foi assertivo quando redigiu ” Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.”
No dia em que estes funcionários públicos ‘temporários’ estiverem condicionados a usar todos os serviços por eles gerenciados – ônibus, SUS, escolas, segurança, salário mínimo e outros – talvez a situação real destas atividades deixarão de ser condicionadas aos valores exorbitantes arrecadados por tributações – que misteriosamente desaparecem – e fiquem dependentes dos bons resultados dos recolhimentos.
Andréia Magalhães é docente na Estácio de Sá/GO, IPOG e Diretora na CGJGO
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