Há 1 ano, no dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, num ato que chocou o Brasil.
Com poucos dias de um novo governo Lula, em sequência ao comando de Bolsonaro, a capital federal foi palco de atos que chocaram políticos, autoridades e população do Brasil.
Em memória do ato político, diversas figuras se reuniram no Congresso Nacional e foram às redes para relembrar o ocorrido.
Confira o que algumas das autoridades brasileiras disseram sobre o 8 de janeiro:
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Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Nas redes, o presidente Lula prestou reverência aos que se colocaram contra a invasão aos Três Poderes.
“Quero saudar todos os brasileiros e as brasileiras que se colocaram acima das divergências para dizer um eloquente NÃO ao fascismo. Porque somente na democracia as divergências podem coexistir em paz. Quero fazer uma saudação especial a todas e todos que no dia seguinte à tentativa de golpe caminharam de braços dados do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, em defesa da democracia. Nunca uma caminhada tão curta teve alcance histórico tão grande”, homenageou o presidente.
Além das saudações, Lula afirmou que os identificados por atos criminosos durante a invasão dos Três Poderes devem ser devidamente punidos, referenciando o movimento como tentativa golpista.
“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, disse o presidente.
Por fim, Lula comenta sobre o que motivou aos ataques de 8 de janeiro, ressalta a importância da liberdade e da democracia e pontuou que a regulamentação das redes deve ser firme.
“Não há democracia sem liberdade. Mas que ninguém confunda liberdade com permissão para atentar contra a democracia. Liberdade não é uma autorização para espalhar mentiras sobre as vacinas nas redes sociais, o que pode ter levado centenas de milhares de brasileiros à morte por Covid. Liberdade não é o direito de pregar a instalação de um regime autoritário e o assassinato de adversários. As mentiras, a desinformação e os discursos de ódio foram o combustível para o 8 de janeiro. Nossa democracia estará sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, concluiu o Chefe do Executivo.
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Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil
A primeira-dama divulgou um vídeo nas redes sociais com a legenda “O Brasil é um só. Um país que respeita a decisão soberana de seu povo. Nossas vozes se unem para lembrar que a democracia prevaleceu. Democracia sempre!”
Nele, diversos artistas e figuras políticas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Camila Pitanga, o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Marina Silva, Nísia Trindade, Paulo Pimenta e outros entoam e ressaltam a palavra “democracia”.
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Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Durante ato em alusão aos ataques na 2ª feira (8), o ministro do STF reforçou que os participantes serão investigados e punidos adequadamente, quando necessário.
O ministro também considerou a movimentação golpista e antidemocrátiva.
“Todos aqueles que pactuaram, covardemente, com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um Estado de exceção, serão devidamente investigados, processados e responsabilizados”, afirmou Alexandre.
Alexandre de Moraes também pontuou que o atentado não será ignorado, uma vez que isto pode encorajar a novos atos semelhantes.
“Esquecimento, da mesma maneira, não significa paz ou união, pois ignorar tão grave atentado à democracia e ao Estado de Direito seria equivalente a encorajar grupos extremistas a prática de novos atos criminosos e golpistas”, afirmou o ministro.
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Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil
Nessa 2ª feira (8), a única pessoa da família Bolsonaro que se pronunciou publicamente foi Michelle.
Ela divulgou uma homenagem nas redes sociais para Cleriston Pereira de Cunha, o “Patriota Clesão”, que foi preso durante a invasão aos Três Poderes e morreu após mal súbito na Papuda no fim do ano passado.
Em entrevista para à CNN neste sábado (6), o ex-presidente Bolsonaro mostrou revolta contra as penas impostas aos réus do 8 de janeiro e que ato teria sido “armadilha da esquerda”
Bolsonaro não fez manifestação pública sobre os Ataques de 8 de Janeiro em Brasília nessa 2ª feira e passou o dia no Rio de Janeiro, segundo assessoria do ex-chefe do Executivo.
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