Golpe?
Apanhado em flagrante recebendo dinheiro do propinoduto que abasteceu o mensalão do DEM e condenado pelo Tribunal de Justiça, o ex-governador José Robert Arruda segue firme como candidato a um novo mandato no comando do DF. Na campanha, vai tratar o processo de cassação do mandato dele como golpe de estado. Vem dando certo. As pesquisas indicam que ele tem chances de ganhar do atual governador Agnelo Queiroz (PT).
Parceria
Agnelo Queiroz, por sua vez, tem como aliado político o empresário Paulo Octávio, ex-vice de Arruda, também condenado pelo mesmo esquema.
Recuerdo
Arruda já era reincidente em fraude quando se envolveu no escândalo do mensalão do DEM. Já havia sido condenado por violar o painel eletrônico do Senado para descobrir quem havia votado a favor do colega de mandato, Luiz Estêvão, também do DF. Quando se candidatou a governador, pediu desculpas ao eleitorado e reconheceu o erro, que classificou como momento de fraqueza. Desta vez, diz ser vítima de golpe.
Ficha limpa?
O caso de Arruda e Paulo Octávio, megaempresário do setor de construção civil, vai servir de termômetro para saber se a população vai levar a sério o conceito de candidato ficha suja. Para a Justiça Eleitoral, é preciso ter condenação por decisão colegiada.
Otimismo e dossiê
Embora publicamente digam que estão tranquilos, porque as pesquisas de intenções de votos refletem apenas o momento, membros da equipe de campanha da presidente Dilma Rousseff estão com a pulga atrás da orelha, diante da queda dela na preferência do eleitorado, frente ao crescimento do tucano Aécio Neves. Sem surpresa para ninguém, já estariam montando dossiês e mais dossiês sobre a vida do senador e ex-governador de Minas. De hábitos pessoais e dados patrimoniais, todo vem sendo cuidadosamente catalogado. A campanha promete.
Volta Lula
Mas tem uma ala do PT que está gostando dos resultados das pesquisas, justamente porque acredita que se cair mais dois ou três pontos nas intenções do eleitorado, Dilma Rousseff vai ter de jogar a toalha, alegar problemas de saúde e trazer de volta o ex-presidente Lula para a disputa. O problema é que isso inviabilizaria o projeto do PT para 2018, quando Lula voltaria a disputar o Planalto.
Às moscas
Não adianta. Por mais que prometam trabalho e ritmo para não comprometer o andamento dos projetos, deputados e senadores somem durante o chamado recesso branco. Na Câmara, apenas 70 projetos foram votados no primeiro semestre. E até as comissões, onde o quórum é mínimo, estão às moscas.
Gabinetes
Mas nos gabinetes a situação é bem diferente. Assessores estão com carga dobrada de trabalho. É que os chefes são candidatos à reeleição e, evidentemente, os assessores estão a serviço das candidaturas. Pagos, é claro, com dinheiro público.
Transgênico
Quando retornarem ao trabalho, os parlamentares devem apreciar o projeto de lei do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), que proíbe a venda, o cultivo e a importação de sementes de plantas alimentícias transgênicas resistentes a substâncias usadas na destruição de ervas daninhas. O projeto também proíbe a importação de produtos alimentícios in natura ou industrializados obtidos dessas plantas.
Biodiesel de fumo
Caratinga (MG) pode ser a cidade escolhida para receber uma empresa que pretende produzir biodiesel de fumo. A proposta vem sendo conduzida pelo deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), conterrâneo do ex-vice-presidente José Alencar e do escritor Ziraldo.
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