Mais recesso?
Mal voltaram de um recesso branco, por causa da copa, deputados e senadores já fecharam acordo para concentrar todas as votações importantes entre os dias 15 e 17. Depois desse período, tiram novo recesso e só voltam ao Congresso em agosto. Tudo sem nenhum desconto nos mais de R$ 26 mil que recebem de salário, mais a verba de gabinete.
Faz de conta
Ainda que voltem em agosto, a retomada dos trabalhos no Congresso vai ser apenas de faz de conta, de mentirinha, mesmo. É que o país entra definitivamente em período eleitoral e a maioria absoluta dos parlamentares são candidatos à reeleição ou a cargos no Executivo. Já ficou acertado que não haverá votações em plenário até o dia da eleição. Enquanto isso, tudo que tiver de ser decidido terá de ser feito nas comissões técnicas.
Mas a mídia…
Os deputados e os senadores não querem vir a Brasília para sessões deliberativas, mas fazem questão de vir usufruir o que Câmara e Senado têm a oferecer para divulga-los junto ao eleitorado. Já estão acertando uma espécie de escala para fazer discursos no plenário vazio, apenas para as transmissões do vivo das TVs Câmara e Senado. Com passagens aéreas pagas pelo contribuinte, é claro.
Deu para trás
Para evitar ainda mais atrito com o PMDB, a equipe de marqueteiros da presidente Dilma Rousseff recomendou e o PT aceitou: não registrou no programa dela a meta de controle social da mídia. É que a ideia repercutiu muito mal entre os peemedebistas que já estavam descontentes com o casamento forçado e por conveniência e ameaçavam boicotar a campanha. Mas é preciso ficar claro: pode não estar registrado, mas ainda é meta.
Saiu mal
Os ministros do Supremo Tribunal Federal ficaram estarrecidos com a forma que o ministro Joaquim Barbosa deixou a Casa, depois de se aposentar. Entre os mais estupefatos está o ministro Marco Aurélio Mello. É que além de não se despedir dos colegas, que seria um ato de cortesia, Barbosa não teria fechado o balanço do semestre, o que seria cumprimento da tarefa. Por ser o decano do STF, sobrou para Marco Aurélio.
Perdemos, e agora?
A equipe de campanha da presidente Dilma Rousseff estava preparada para uma derrota para a Alemanha, mas uma derrota honrada. E o discurso estava pronto: “fomos até onde deu para ir e fizemos uma boa copa”. Até peças publicitárias estavam sendo planejadas para surfar na onda da copa, apesar da possível desclassificação das finais. O problema foi o sete a um. Um grupo de assessores acredita até acredita que dificilmente o eleitor vai descontar a decepção nas urnas, contra a presidente, mas há uma parcela mais assustada.
Cautela
A parcela mais assustada e cautelosa chegou a recomendar que o governo destaque o sucesso da copa, mas sem euforia, deixando a poeira baixar para só depois tentar capitalizar m cima.
Não adianta
Na avaliação do professor Antônio Flávio Testa, um dos mais importantes cientistas políticos do Brasil, quem tentar surfar na onda da copa vai dar é com os burros na água. A oposição, porque falou mal de um evento que foi sucesso e agradou a todo o mundo, como pode ser visto na imprensa internacional. O governo, segundo Testa, também não pode se vangloriar, porque as coisas até funcionaram bem, mas o sucesso, mesmo, foi a simpatia dos brasileiros com os turistas.
Quatro anos
Um empolgado parlamentar evangélico, que pediu para não ter a identidade revelada, disse que entre os pastores e parlamentares da bancada que mais cresce no Congresso, fica evidente que o pastor Everaldo (PSC) vai incomodar nas eleições, mas que todos sabem que ele não tem condições de ser eleito. O que todos juram, segundo este parlamentar, é que o próximo presidente será pastor, eleito pelos evangélicos, com apoio dos conservadores de outros partidos.
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