Gargalhadas de Renan
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não pode se lembrar do incidente envolvendo os oito senadores brasileiros na Venezuela, no dia 18 deste mês, sem cair na gargalhada. Apesar de publicamente ter se solidarizado com os colegas, que foram impedidos de cumprir a tarefa de se reunir com líderes da oposição do país vizinho, Renan não se conteve diante da trapalhada que aconteceu quando os parlamentares brasileiros se viram impedidos de prosseguir, por causa de um protesto contra eles. Quem acompanhou a comitiva na época garantiu que a cara dos políticos brasileiros era de pânico. Quem viu Renan reagir, em particular, no gabinete, afirma que a expressão foi de muito riso, de gargalhadas.
Lavar a imagem
Pegou muito mal entre petistas históricos, a reação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao criticar o PT e dizer que o partido precisa se renovar, oxigenar a fonte e que muitos filiados só pensam em cargos. Internamente a crítica foi avaliada como injusta, porque o próprio ex-presidente teria feito questão de manter o mesmo grupo no comando da legenda ao longo dos anos. E existe um consenso de que Lula só está agindo assim para tentar limpar a própria imagem. Pessoas muito próximas do ex-presidente garantem que ele admite que o risco de derrota nas urnas em 2018 é cada vez maior.
Estratégia petista
A mesma fonte que falou do esforço de Lula para limpar a própria imagem, revelou uma estratégia do partido para evitar um desgaste ainda maior da legenda e do ex-presidente, perante a opinião pública. O PT e o ex-presidente montaram um grupo de notórios advogados que passam dias e noites vasculhando cada linha dos documentos do Ministério Público, que investiga o ex-presidente e o suposto envolvimento dele com empreiteiras em negócios no exterior, prtincipalmente. A estratégia, segundo a fonte, é encontrar vícios ou brechas que inviabilizem o andamento do processo. Não se trata, necessariamente, de provar inocência.
Brincadeira séria
Começou como provocação, mas a coisa é séria. O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) disse dias atrás que o ideal seria os parlamentares ostentarem, nos ternos, as marcas das empresas que investiram nas campanhas deles, como fazem os esportistas. Seria uma forma de mostrar para o eleitor de onde veio o dinheiro da campanha. Passada a brincadeira, o parlamentar disse que estuda uma forma de obrigar os políticos a deixar isso bem claro para o eleitor, uma espécie de avanço da legislação eleitoral, que já cobra isso.
Correr atrás
Depois do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter ignorado todo o trabalho da Comissão de Reforma Política e ter mandado os projetos para serem votados de maneira pulverizada em plenário, o Senado resolveu agir. Embora o assunto venha sendo tratado na Casa há tempos, foi instalada na terça-feira uma comissão de 27 senadores que vão conduzir as discussões sobre a reforma política. Quem preside o grupo é o senador Jorge Viana (PT-AC). Ele disse admitiu que é preciso dar uma satisfação à opinião pública que desde 2013 cobra nas ruas mudanças na política.
Para salvar
À Rádio Senado, Jorge Viana disse acreditar que essa é uma boa oportunidade de se fazer mudanças na lei eleitoral e que, até o início do recesso, em 18 de julho, a comissão terá algo para apresentar à opinião pública que melhore a forma de fazer política no país. Ele disse que o Senado não irá entrar em confronto com a Câmara dos Deputados e, sim, que buscará um consenso sobre as mudanças que precisam ser feitas.
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