Uma cabeleireira de 27 anos foi incluída na lista da Polícia Internacional (Interpol) após ser condenada por atropelar uma motociclista, em Goiânia, e sair do Brasil sem cumprir a pena.
A determinação é do juiz da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Capital, Eduardo Walmory Sanches.
Com isso, caso Juliana Ferreira Marinho seja presa no exterior, ela deverá ser extraditada.
O juiz determinou ainda que sejam encaminhadas cópias do mandado de prisão, da denúncia e da sentença prolatadas, bem como o formulário de solicitação de difusão vermelha para a Polícia Federal (PF).
O nome dela entrará no sistema da Interpol com um alerta de “red notice”.
De acordo com o magistrado, a medida foi necessária por se tratar de efetiva ordem de captura internacional, tendo por escopo viabilizar a comunicação entre os Estados-Membros, acerca da existência do mandado de prisão pendente de cumprimento, da apenada Juliana Ferreira Marinho, que se encontra foragida sem ao menos ter iniciado o cumprimento da sua pena no Brasil.
O pedido foi feito pelo Ministério Público, uma vez que Juliana foi condenada pelo crime de lesão corporal culposa na direção de veículo agravada pela falta de Carteira de Habilitação.
Na setentença, a pena de 2 anos de detenção foi convertida em prestação de serviços à comunidade e frequência em palestras no Centro de Atendimento Psicossocial (CAP) por 8 meses.
Atropelamento ocorrido no Setor Recanto do Bosque
De acordo com a acusação do MP, acatada pela Justiça, o crime ocorreu no dia 13/01/2017, por volta das 9h30, no cruzamento das Ruas RB-06 e RB-17, no Setor Recanto do Bosque, em Goiânia.
Segundo os relatos, a cabeleireira Juliana Ferreira teria conduzido, de forma imprudente e sem possuir a devida habilitação legal, um veículo Volkswagen Voyage, desrespeitando a sinalização horizontal que determinava sua parada obrigatória.
Nesse momento, ela adentrou repentinamente a via e obstruiu o curso preferencial de uma motociclista que seguia em uma Honda Biz.
Com o impacto, a vítima foi arremessada sobre o asfalto e teve várias lesões corporais, incluindo fraturas diversas.
Mesmo indiciada, Juliana mudou-se para a Europa ainda durante o processo e nunca mais retornou ao Brasil para cumprir a pena.
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