Durante a educação do cão, além dos comandos básicos de obediência, deve-se trabalhar também a correção de comportamentos indesejados. Pulos nas visitas, latidos excessivos ou mordidas em móveis são alguns exemplos de queixas comuns dos tutores.
Quando e como usar?
Antes de corrigir, devemos entender a motivação que leva o cão a apresentar tal comportamento e verificar se o mesmo não representa uma necessidade. Se for o caso, devemos redirecionar a atitude “errada”, oferecendo-lhe uma atividade substituta permitida, ou seja, devemos proporcionar para todo “não” um “sim”, atendendo as suas necessidades fisiológicas, psicológicas e comportamentais.
Supridas as necessidades, as correções devem ser aplicadas de modo correto e eficiente. Devemos levar em consideração o momento, a intensidade e principalmente a sensibilidade do cão.
LEIA MAIS: Homem é suspeito de abusar sexualmente de cadela em Rio Verde
A intensidade da bronca deve ser proporcional à sensibilidade e o medo que o cão tem das correções. No caso de cães medrosos e inseguros, devemos evitar correções que abalem a segurança que estes têm nas pessoas e nos ambientes em que estão inseridos.
Mas o que é correção?
Devemos ter bem claro que correção é uma ação que visa interromper o comportamento indesejado e assim reduzir as chances que o mesmo volte a acontecer. Em vez das palmadinhas, corrigir significa pensar em estratégias que diminuam as chances de o cão apresentar comportamentos indesejados.
Uma das formas é antecipar-se ao erro através do controle ambiental, por exemplo: se não queremos que o cão brinque com os sapatos, devemos manter os mesmos fora do alcance dos cães para que estes não aprendam a brincar com estes objetos. Em contrapartida, devemos oferecer brinquedos permitidos dos mais diversos.
Outra estratégia interessante são as correções despersonalizadas, ou seja, aquelas possíveis de serem embutidas no próprio ambiente. Para cães que roem móveis podemos utilizar sprays amargos próprios para esta finalidade para criar certa aversão ao comportamento. Esta alternativa é interessante por não estabelecer qualquer relação do desconforto gustativo com a nossa presença, ficando a correção atrelada ao comportamento.
As correções jamais devem agredir o cão, seja física ou psicológica, mas devem ser desagradáveis para que o cão prefira evitá-las.
Lembre-se sempre: corrigir tem como objetivo inibir o ato e nunca o cão, logo que o comportamento errado cessa, a correção também cessa e todas as demonstrações de amor e carinho devem ser retomadas.
Eficiência
Correções tardias não são eficientes. A correção deve ser realizada no momento em que o cão apresenta o comportamento indesejado. Esta precisão facilita a associação entre a atitude inadequada e a correção, facilitando o aprendizado e evitando possíveis confusões e mal-entendidos.
Correções bem aplicadas são aquelas capazes de impedir o comportamento errado sem desestabilizar a confiança e a segurança do cão. Uma correção efetiva, evita outras muitas desnecessárias.
Mais importante do que corrigir é recompensar os bons comportamentos, estimulando o cão a se comportar de forma adequada. Esta é a melhor maneira de mostrar o que esperamos dele.
Acompanhe o Folha Z no Facebook, Instagram e Twitter
Discussão sobre isso post