Na edição de outubro, anunciamos na capa do jornal, que parte da Avenida T-63 seria monitorada pela Guarda Municipal de Goiânia. Esta alegava que o atual modelo de polícia tradicional não era eficaz para coibir a criminalidade na via. O fato encheu de alegria comerciantes e usuários do comércio local.
Os agentes de segurança iriam colocar em prática o projeto de Policiamento Comunitário, o qual consistia em reforçar a segurança do trecho que vai da Praça Chafariz até a Praça Nova Suíça. Guardas municipais fariam o patrulhamento a pé e de motocicleta na avenida, das 16 às 22horas.
Estava tudo certo. O projeto sairia do papel logo após as eleições. 2013 se aproxima e, de acordo com comerciantes e moradores, nenhum guarda a pé ou de motocicleta foi visto monitorando o trecho.
Projeto eleitoreiro
Para o estudante Matheus Ferreira, de 16 anos, o monitoramento da Avenida T-63 pela Guarda Municipal era apenas um projeto eleitoreiro. “Passou o período eleitoral e o projeto foi engavetado, incrível uma coisa dessas! Elaboram o projeto, desenvolvem ele na teoria, divulgam-no à imprensa e esquecem de fazer o principal, verificar se há guardas disponíveis no quadro da prefeitura para monitorar a avenida”, frisa Matheus, revoltado com a postura da prefeitura.
O empresário Carlos Albuquerque afirma que se sentiu enganado. “Passaram aqui na loja, colheram dados e falaram que em breve avenida seria monitorada pela Guarda Municipal. Fiquei muito contente, pois a sensação de insegurança aqui na redondeza é muito grande”, afirma Carlos.
Alegação
Segundo a Guarda Municipal, atualmente a corporação tem um déficit muito grande, isso torna inviável disponibilizar guardas para monitorar a Avenida T-63. Ainda de acordo com a instituição, existem hoje 1.580 agentes de segurança, número considerado pela corporação insuficiente para cobrir todos os postos.
Então, fica a pergunta: se o número de agentes de segurança era insuficiente por que elaboraram o projeto? Esta resposta a Guarda Municipal não soube responder.
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