Pesadíssimo. Além de ser característica óbvia, essa é a categoria do lutador de jiu-jítsu Marcos Conrado. Aos 32 anos de idade, ele ostenta 107 kg do alto de 1,90 m. Mas a simpatia e a franqueza tranquilizam até aqueles mais alarmados na presença do campeão.
Marcos reside há 15 anos na rua C-123, no Jardim América. A academia onde é personal e dá aulas fica também no setor, na C-34. Sobre o ritmo dos treinamentos, ele é categórico: “de segunda a sábado”. A rotina se baseia em musculação e combates e a alimentação é controlada, com predominância de proteínas e corte de carboidratos e gordura. “Dá pra relaxar nos fins de semana, mas é tudo intensificado em época de competição.”
Títulos
As conquistas são tantas que Marcos até se atrapalha quando pergunto os números exatos. Mas aqui vão alguns dos “troféus” mais importantes da carreira do lutador: dez vezes campeão goiano, cinco vezes campeão do Centro-Oeste, campeão baiano, campeão do Brasília Open, 3º lugar no panamericano, campeão sulamericano e campeão do Mundial Rockstrike de jiu-jítsu.
Lições de vida
Para os garotos e garotas que sonham conseguir um espaço no mundo do jiu-jítsu profissional, o lutador deixa o recado: “qualquer um pode treinar o jiu-jítsu, independente do biotipo, mas não se pode desistir com as primeiras derrotas”. Ele explica que cerca de 90% dos aprendizes da modalidade abandonam a prática quando conquistam a faixa azul, o que representa um aumento significativo na dificuldade dos combates.
Além do condicionamento físico e da carreira vitoriosa no esporte, Marcos fala com muita paixão dos ensinamentos que a luta oferece para o dia-a-dia. Segundo o atleta, o jiu-jítsu exige controle psicológico muito grande, inteligência e dedicação; todas essas qualidades que podem ser aproveitadas no resto da vida. “O jiu-jítsu me ensinou que tudo tem a hora certa. Tem a hora de fazer força, de usar a técnica e até a hora de saber perder.”
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