Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Cármen Lúcia desistiu do objetivo de visitar o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, local palco de rebeliões e fuga em massa de presidiários nos últimos dias.
Ela se reuniu por mais de 3h com autoridades na manhã desta segunda-feira, 8, em Goiânia e decidiu cancelar a visita por questões de segurança.
Cármen Lúcia se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) Gilberto Marques Filho e com o governador Marconi Perillo (PSDB). Também estavam presentes representantes do Ministério Público (MP) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
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As autoridades discutiram a crise penitenciária em Goiás, onde três motins ocorreram em menos de uma semana, na Colônia Agroindustrial do Semiaberto e na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Em uma das rebeliões, nove detentos morreram e 14 ficaram feridos.
Sobre a gestão das penitenciárias, a ministra classificou com “inaceitável” que uma presos realizassem festas regadas a drogas e álcool dentro de uma unidade prisional de Goiás, como foi registrado por um telefone celular de um detento.
Carta
Uma carta aberta por meio da qual mais de mil presos reclamam de estrutura das carceragens e clamam por agilidade nos julgamentos foi levada até a ministra pela Defensoria Pública.
“O cidadão não pode viver com medo de jeito nenhum”, comentou a presidente do STF. A ministra determinou que inspeções sejam realizadas em todos os presídios, com foco na apreensão de armas.
Ela voltará a se reunir com Marconi Perillo no dia 9 de fevereiro, em Goiânia, para averiguar o que foi feito durante o mês.
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