Já parou para pensar na quantidade de bactérias e vírus perigosos que você carrega no bolso diariamente?
Ela pode ser maior ainda do que você imagina. Tudo por conta de uma silenciosa ameaça: o aparelho celular.
De acordo com estudos e especialistas, o celular é uma fonte de contaminação que não pode ser desconsiderada.
É o que aponta, por exemplo, um estudo feito pelo Centro Universitário UniMetrocamp, de Campinas (SP).
Os resultados apontam a presença de até 23 mil fungos e bactérias que podem provocar doenças.
Esse problemas vão de micoses, conjuntivite e intoxicações alimentares até infecções respiratórias e urinárias.
Para combater esse perigo iminente, a pesquisa concluiu que a limpeza rotineira dos aparelhos é a única solução.
O que pensa a medicina?
O médico infectologista e professor da residência do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) de Goiânia, Alexandre Costa, pensa de maneira semelhante.
Segundo ele, o celular tem um nível de contaminação comparável ao das cédulas de real.
“Você põe o aparelho no ouvido, próximo à boca, tudo isso depois manuseá-lo com a mão com que acabou de pegar na maçaneta, no corrimão ou na mão de outras pessoas”, disse.
O médico explica que o celular é um mecanismo perfeito para carregar bactérias, das simples e até as mais graves.
De acordo com Alexandre, esse pode ser o caso de infecções transmitidas pelo contato da pele e até mesmo de contágio respiratório, como o vírus H1N1.
“Não existe a preocupação de manter o celular limpo do mesmo jeito com que todos se preocupam em relação ao uso do transporte coletivo, por exemplo”, alerta.
O médico afirma que um celular tende a ter, no mínimo, a mesma contaminação que a sola do sapato que você está usando nesse momento.
“O celular está em contato direto com as mãos e tudo o que você manuseia”, explica.
Mas o que fazer?
Para o médico, a melhor solução é criar uma rotina de desinfecção do celular.
Segundo Alexandre Costa, o ideal é limpar o aparelho diariamente, inclusive com o uso de álcool gel.
“Hoje em dia, a maioria dos celulares são equipados com películas e capas que protegem os componentes eletrônicos do celular, de forma que não há preocupação em relação à aplicação do álcool”, diz.
Para ele, a limpeza deveria ser feita todas as vezes em que o usuário lavar as mãos. Ou ainda limpá-las com álcool gel. Caso contrário, é menos efetiva.
“Eu, que sou infectologista, faço uma vez por dia, mas deveria fazer muito mais”, conta.
Veja a dica abaixo:
E a contaminação por celular das crianças?
Outro problema sério é o uso de celular por crianças muito jovens. De acordo com o médico, ele deve ser extremamente limitado.
“Celular em mão de criança muito pequena é perigoso, principalmente porque ela põe na boca”, diz Alexandre.
Mas, caso os pais decidam permitir que a criança faça uso do aparelho, o médico recomenda que ele seja entregue já limpo.
Onde buscar atendimento em Goiânia?
O médico infectologista é o mais preparado para lidar com doenças infecciosas, explica Alexandre Costa.
É ele quem apoia o pneumologista, o urologista, o dermatologista e até o dentista nos casos em que é necessário o conhecimento mais especializado no tema.
Em Goiânia, o HDT (Hospital de Doenças Tropicais) é referência nesse tipo de enfermidade.
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