Lojistas se organizam para reivindicar que a linha exclusiva de ônibus e a proibição do estacionamento não cheguem à região
Anunciado ainda em fevereiro deste ano pelo prefeito Paulo Garcia, o início das obras de implantação do corredor exclusivo de ônibus no trecho conhecido como “Eixo T-7” é polêmico. Com prazo de conclusão estimado em um ano, nenhuma obra expressiva foi efetuada na via quase quatro meses depois do anúncio. Mas o receio dos comerciantes é grande. Representando essa insatisfação, o lojista Cristiano Caixeta teme que 50% dos comércios fechem por causa da linha exclusiva.
Para o empresário que há 15 anos atua na região, o posicionamento desse setor da população conseguirá impedir a conclusão do projeto. “Sempre que colocarem as máquinas, nós vamos para a rua nos manifestar”, disse. Ele relatou ainda que espera resultados positivos de uma ação civil levada ao Ministério Público de Goiás.
Avenida dos Alpes
No início do ano, o evento que marcava simbolicamente a assinatura do contrato de construção do Corredor T-7 entre a prefeitura e a construtora Jofege foi tumultuado por protestos. Enquanto entregava o plano de obras ao representante da empresa responsável pela obra, o prefeito Paulo Garcia ouviu gritos de “vergonha” vindo daqueles que assistiam à solenidade.
A revolta dos comerciantes foi motivada pelo trajeto planejado para o corredor, que faz conexão com o Terminal Bandeiras através da Avenida dos Alpes. “Nós não somos contra a implantação do sistema”, disse o presidente da Associação de Moradores da Vila Alvorada, Omar Borges. E argumentou: “aqui não é como nas avenidas 85 e T-63, que não tinham opções. Aqui existe uma opção melhor e mais econômica, que é a Avenida Itália”.
Só 2 ônibus
Por sua vez, o empresário Cristiano Caixeta alega que não há necessidade de corredor exclusivo na região, visto que apenas duas linhas de ônibus passam por ali. Além disso, ele destaca que, depois da conclusão de obra semelhante na Avenida T-63, 80 lojas fecharam as portas e, nos comércios remanescentes, a diminuição do faturamento foi de 30% ao mês.
De acordo com a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), “todas as sugestões são avaliadas por uma equipe técnica e a companhia está aberta ao diálogo para buscar a melhor solução, tanto para os comerciantes quanto para os usuários do transporte coletivo que passam pela região diariamente”.
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