A vida política de Romes Gomes sofreu um abalo decisivo.
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Com a rejeição das contas de 2019 pela Câmara de Abadia de Goiás, seguindo o parecer do Tribunal de Contas dos Município (TCM-GO), o ex-prefeito entra imediatamente no rol dos inelegíveis por 8 anos: prejuízo político que redesenha completamente seu futuro eleitoral e seu espaço no município.
A decisão do Legislativo, por 9 votos a 1, não deixou margem para dúvida.
A maioria da Casa acompanhou o Tribunal de Contas ao apontar que Romes descumpriu obrigação elementar de gestão pública: o pagamento da contribuição previdenciária patronal ao RPPS.
Segundo o TCM, não se trata de escolha do gestor, mas de dever legal básico, cujo não cumprimento compromete a saúde financeira do regime previdenciário e, por consequência, dos servidores.

Vereador Luizão Urzêda
Mesmo tendo a oportunidade de se defender politicamente no plenário, Romes Gomes contou apenas com o voto solitário do vereador Luizão Urzêda, que sustentou que não houve desvio de recursos e que a falha seria apenas administrativa.
O argumento, porém, não sensibilizou os demais vereadores, muitos, inclusive, inscritos para falar, mas que optaram pelo silêncio.
R$ 349 mil
O parecer do TCM foi categórico: em 2019, Romes deixou de pagar R$ 349.016,09 em encargos previdenciários.
No ano seguinte, o município teve de reparcelar a dívida, elevando o prejuízo total aos cofres públicos e acumulando mais de R$ 249 mil em atualizações e juros, resultado direto da inadimplência anterior.
Mesmo ciente da dívida e de sua obrigação, a gestão Romes realizou a venda de áreas públicas, patrimônio do município, justamente para cobrir despesas previdenciárias.
Foram alienados terrenos valiosos em 2015 e 2018, somando quase R$ 2 milhões.
Ainda assim, em 2019, o pagamento não foi efetuado.
A conclusão do TCM e da Câmara converge em um ponto: houve descumprimento de obrigação legal e prejuízo ao erário, requisitos que se enquadram na Lei da Ficha Limpa e consolidam a inelegibilidade do ex-prefeito.
Na prática, a decisão sela o afastamento de Romes Gomes das urnas por quase uma década, inviabiliza planos de retorno político e reabre debates sobre sua gestão.
Para um ex-prefeito que já ocupou espaço central na política de Abadia, o veredito é duro: não há saída eleitoral no horizonte, a menos que consiga reverter judicialmente, tarefa que costuma ser longa, rara e incerta.



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