O corpo de um jovem de 23 anos foi encontrado com a língua arrancada e diversas marcas de tortura, em Goiânia.
Lucas André Xavier de Oliveira estava desaparecido desde o dia 21 de novembro e teve o cadáver localizado na última 5ª feira (13) pela Polícia Civil (PC), em região da mata densa no setor Vera Cruz.
Entenda o caso cruel
Segundo investigações da polícia, Lucas foi assassinado no dia em que desapareceu por, supostamente, ter perdido 2 quilos de maconha pertencente à facção criminosa no dia anterior.
Ele passou a ser visto pelo grupo como delator e foi atraído para uma emboscada pelo mandante do crime.
Para Lucas, foi informado que ele deveria cometer um roubo para sanar a dívida.
No entanto, o rapaz entrou em um veículo no Jardim Cerrado 7, na capital, e nunca mais foi visto.
Homicídio e prisão
Após o contato com o grupo, o jovem foi levado para uma zona de mata no setor Vera Cruz, onde foi brutalmente torturado por 2 suspeitos, de 21 e 25 anos.
Os supostos autores filmaram a execução, incluindo o momento em que arrancam a língua de Lucas.
Um 3º suspeito, de 38 anos, também participou do crime, cumprindo a função de coveiro.
A PC descobriu que o indivíduo atua junto à facção criminosa, sendo responsável por cavar covas para ocultar os cadáveres dos delitos promovidos por comparsas na região.
Os 3 suspeitos foram presos e levados para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).
VEJA MOMENTO EM QUE OS SUSPEITOS CHEGAM A DELEGACIA:
Julgamento do jovem
A PC suspeita que Lucas tenha passado por um “tribunal do crime”, onde membros de alto escalão de facções julgam indivíduos que violam as regras da organização.
Eles aplicam punições como espancamentos, expulsões e até mesmo execuções como sentenças.
Líderes da facção decidem os julgamentos por telefone, videoconferência ou pessoalmente, intimando os réus verbalmente ou por mensagens, podendo estes apresentar defesas e testemunhas.
Em alguns casos, as vítimas são forçadas a cavar suas próprias covas e são executadas, com as audiências registradas em “atas” e os condenados listados no “livro da morte”.
LEIA TAMBÉM:
Adolescente de 14 anos foi levada a local de abuso em bicicleta de autor do crime; entenda o caso
Discussão sobre isso post