Meu bairro, meu logo: reinterpretando a cultura visual da cidade, um logo de cada vez
A ideia de brincar com as peculiaridades de cada bairro de Goiânia veio do designer gráfico Marck Al. Além de trabalhar no mercado de design, ele é professor de Comunicação Visual na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG. Para Marck, os ícones regionais criados para o projeto fazem críticas à cidade e ao Estado de forma sutil e às vezes engraçada.
A brincadeira, que tem toda a cara de profissionalismo, começou em 2013, como relata o designer: “comecei uma série em que procuro criar um logo representando algum bairro de Goiânia. No processo de reinterpretação, busco não apenas representar visualmente algum marco do bairro, mas, quando possível, procuro colocar uma pitada de ironia, piada interna ou aspecto que talvez apenas os moradores do bairro entendam.”
Jardim América e Setor Bueno
Entre os bairros mais importantes da cidade, o América e o Bueno também foram tema de inspirados logotipos. E, como não poderia ser diferente, a crítica social foi certeira: a dificuldade que o goianiense tem para se locomover no trânsito, seja pela falta de planejamento das vias ou pela quantidade excessiva de veículos circulando.
“A inspiração do Setor Bueno é evidente. Ninguém aguenta mais o trânsito resultado da quantidade de espigões que brotaram do chão”, explica. “Jardim América, que, apesar do nome, não tem nenhuma referência à América nas ruas do bairro; mas sim uma série de ruas baseadas em letras e números que, na prática, não fazem sentido algum. Quem nunca teve problemas para encontrar alguma rua “C-da-vida?”
Confira as peças já realizada pelo artista:
Discussão sobre isso post