Há uma semana, com o surgimento do primeiro caso, no Brasil, de suspeita de uma pessoa contaminada pelo vírus ebola, imigrantes negros – na sua maioria haitianos e de países africanos – têm sido alvo de discriminação e atitudes hostis, nas redes sociais e em Cascavel (PR), cidade onde o homem vindo da Guiné foi atendido inicialmente.
Suspeita do contágio foi descartada após exames
A Guiné, Libéria, Serra Leoa e a Nigéria, países da África Ocidental, concentram a maior parte dos casos. A suspeita do contágio foi descartada após dois exames, mas o estigma em relação a esses estrangeiros ainda persiste.
Nas ruas, no ambiente de trabalho e, principalmente, nas redes sociais, alguns estrangeiros que vivem legal ou ilegalmente, no Brasil, têm enfrentado situações constrangedoras, desde que o africano foi internado em Cascavel, com suspeita de ebola.
Perseguição
“Ouvimos no ônibus pessoas dizendo: vocês têm que voltar o para o seu país. Não fazemos nada, só ouvimos”, relatou, por telefone, à Agência Brasil o haitiano Marcelin Geffrard, vice-presidente da Associação de Haitianos de Cascavel. “Um amigo reclamou que um grupo de haitianos estava dentro de um coletivo e as pessoas começaram a olhar diferente. No trabalho, as pessoas afastaram-se deles. Alguns disseram que não sabem como diferenciar os africanos dos haitianos”, acrescentou Geffrard.
Ebola: o vírus pode chegar ao Brasil?
(Agência Brasil)
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