Preso preventivamente por um assalto que alega não ter cometido, Murilo Campos Gomes, um empresário de 24 anos, foi solto na última quinta-feira, 15, e retornou a sua casa, em Goiânia.
Por dez dias, Murilo ficou preso no presídio de Sarandi, em Itumbiara. A acusação de que ele teria praticado um assalto na cidade de Cachoeira Dourada baseia-se na presença de um veículo semelhante ao dele em filmagens relacionadas ao crime.
De acordo com a defesa, o Honda Civic do empresário foi clonado ainda em 2017 e desde então multas de várias cidades que ele nunca visitou têm sido emitidas para o carro.
Murilo foi até a Policial Civil para registrar que a placa do seu veículo havia sido clonado. De nada adiantou.
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Prisão
Seis meses depois, ele acabou preso porque um carro de mesmo modelo, cor e placa foi usado em um assalto a 240 km de Goiânia.
O Honda Civic foi reconhecido como o veículo que transportava os criminosos durante o roubo de um Fiat Uno em Cachoeira Dourada.
Veja no vídeo abaixo, gravado em um posto de gasolina minutos depois do crime.
Acreditando na inocência do empresário, a família dele procurou a imprensa para denunciar várias falhas na investigação.
Esposa de Murilo, Lais Martins reuniu documentos que comprovariam que ele não estava em Cachoeira Dourada no dia do crime.
Inocência
Um laudo da empresa de rastreamento apontando que o carro do empresário estava em Goiânia na data (inclusive atestando que a ignição não foi ligada naquela manhã), boletim de ocorrência do carro clonado, testemunha e fotos foram levadas em busca de provar a sua inocência.
Além disso, detalhes da parte traseira do carro diferem entre o veículo de Murilo e aquele flagrado por câmeras que emitiram as multas fora de Goiânia.
Porém, mesmo com toda essa documentação, a prisão de Murilo foi mantida até que o caso ganhou destaque na mídia goiana.
Agora, o empresário e sua família garantem que vão lutar para provar sua inocência enquanto ele responde pelo crime em liberdade.
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