Prestes a assumir cadeira na Câmara de Goiânia, o vereador eleito Fabrício Rosa deve enfrentar um processo por infidelidade partidária após deixar o PSOL.
Hoje filiado ao PT, Rosa concorreu às eleições de 2020 pelo PSOL.
Seu antigo partido pretende levar a questão à Justiça Eleitoral, alegando que tem o vereador perdeu direito do mandato após deixar a legenda, em 2021, quando tentou vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) já pelo PT.
À Folha Z, o petista disse reconhecer o sistema eleitoral que o elegeu e que vai cumprir qualquer decisão da Justiça Eleitoral.
No entanto, ele afirma que está em processo de juntar provas para justificar a saída do PSOL.
Fabrício Rosa alega 4 pontos para sua manutenção no cargo.
CONFIRA:
Desprestígio interno
Conforme o petista, ele recebeu 4,2 mil votos, com apoio financeiro de apenas R$ 5 mil.
“Houveram candidatos com menos de 50 votos que receberam mais de R$ 10 mil”, afirmou.
Proatividade no processo que garantiu a cadeira
Fabrício Rosa foi um dos nomes que atuou ao lado de vereadores do bloco Vanguarda para questionar descumprimento da cota de gênero por outras chapas.
“O PSOL não participou dessa luta. Foram muitos gastos, muitas viagens”, avaliou.
Demora na comunicação de sua desfiliação
De acordo com Fabrício, o PSOL teria 30 dias para comunicar a sua saída com vistas, o que não teria ocorrido.
Representatividade
Fabrício defende que é o 1º vereador assumidamente gay e 1º policial goiano de esquerda no Poder Legislativo da Capital.
Ele pontua que as pautas de representatividade também são defendidas pelo PSOL, o que poderia justificar a compreensão do partido para sua manutenção na cadeira.
“Parece congruente o PSOL abrir espaço”, afirmou.
Diante dos pontos levantados e do período que os Tribunais Regionais e Superior Eleitoral terão para julgar o caso, o petista e seu grupo avaliam que ele deve terminar o ano em mandato.
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