“Atravessar esta avenida é uma dificuldade. A falta de uma faixa de pedestre no local tem sido um enorme problema para quem passa por aqui”. A reclamação é da professora de educação física, Lucivânia Batista, de 35 anos, em relação à Avenida C-104, na altura da Praça C-170, conhecida como praça da feira da T-8, no Jardim América. O problema preocupa muito os moradores da região.
A Avenida C-104, possui duas vias muito movimentadas e não há faixa de pedestre em nenhum local na redondeza para as pessoas atravessarem. “A faixa de pedestre mais próxima fica a cerca de quatro mil metros depois da praça”, diz Lucivânia.
Os carros que circulam pela avenida no sentido Aparecida de Goiânia passam pelo local em alta velocidade porque logo depois há uma baixada. “Atropelamentos no local são constantes”, destaca a professora. Foi o que aconteceu com a aposentada Ana Francisca dos Santos, de 73 anos, que mora perto da C-104.
Ela foi atropelada na avenida, em frente à praça. “Eu nem tinha atravessado a rua ainda quando uma moto me pegou. Eu estava no meio fio quando a moto veio na avenida em alta velocidade”, conta a aposentada, que machucou a perna e precisou ser internada duas vezes. “Depois do acidente nunca mais tentei atravessar a avenida naquele local”, completa.
Ana Francisca conta que há algum tempo uma vizinha dela, também idosa, foi atropelada no mesmo local quando atravessava a avenida para ir à feira, que é realizada na praça nos sábados de manhã, e morreu no local.
O funcionário público Ronivon Querino, de 35 anos, também reclama da dificuldade para atravessar no local. Ele costuma praticar corrida em torno da Praça C-170. “É uma verdadeira luta atravessar essa avenida, em qualquer horário. Muitas vezes eu fico um tempão parado esperando para atravessar. É realmente muito arriscado”, ressalta.
Além do perigo enfrentado por quem precisa atravessar neste ponto da avenida, há também outro problema no local. Carros que sobem a Rua C-174, que termina na C-104, quando chegam na avenida pegam o retorno à esquerda, o que é proibido. “O certo seria entrar à direita na C-104 e fazer o retorno corretamente um pouco à frente, mas a maioria dos motoristas prefere fazer o ‘gato’ ao entrar no retorno à esquerda”, explica Lucivânia.
Não há nenhuma placa sinalizando que o retorno não deve ser feito ali. Isso torna a travessia no local ainda mais problemática. Segundo Lucivânia, há três anos foi feito um abaixo assinado pedindo uma solução para o problema e enviado à Agência Municipal de Trânsito (AMT). “A agência mandou um técnico ao local, que prometeu dar uma solução ao problema, que até então não foi solucionado”, afirma a professora, que além de morar perto do ponto crítico da avenida C-104, deu aulas de futebol durante muito tempo na quadra localizada na praça e pode presenciar muitos acidentes no local.
Cruzamento sem sinalização
Um cruzamento próximo da Avenida C-104, também tem deixado o trânsito problemático na região. No cruzamento das ruas C-160 com C-174 não há sinal de “pare” escrito no chão da via em que os motoristas devem parar – no caso quem vem na Rua C-160. Também não há placas de sinalização no local.
“Os carros sobem a C-174 em alta velocidade, causando acidentes, já que quem vem da C-160 muitas vezes não sabe que é preciso parar ali. É muito comum ouvirmos o barulho dos carros freando nesse cruzamento, que não minha opinião foi esquecido pela AMT”, desabafa Lucivânia.
De acordo com o diretor do departamento de projetos da AMT, Ciro Augusto Oliveira e Silva, a agência vai enviar um técnico ao local que irá fazer um estudo para encontrar a melhor solução para os problemas relatados pelos moradores. “Pretendemos fazer esse estudo técnico na região o mais rápido possível”, declarou.
(Camila Bluemenschein)
Discussão sobre isso post