Festa da bandidagem
Enquanto a dupla Marconi-Zé Eliton brinca de combate à criminalidade em Goiás decretando Tolerância Zero e sigilo nos dados da Polícia Militar, o manobrista de um hotel, na região central de Rio Verde, é bem claro ao se dirigir aos hóspedes que lhe pedem sugestões para uma cerveja gelada: “Os bares aqui perto são bons. Agora todo cuidado é pouco com assaltos. Os malandros agem como pinto no lixo”.
Insatisfação geral
E nem mesmo a ação pirotécnica das Polícias Civil e Militar em Rio Verde nos últimos dias foi capaz de proporcionar paz e sossego aos moradores do município. A situação é semelhante em todas as regiões do Estado. Sem efetivo suficiente e enfrentando uma bandidagem cada vez mais ousada, a cúpula da segurança pública ora puxa o cobertor para a Região Metropolitana de Goiânia ora puxa o cobertor para as cidades do interior. No final das contas ninguém fica satisfeito.
Velho improviso
Empolgado com o papel de xerife, Zé Eliton “comemorou” o recorde de prisões em flagrante (1.555) no período de 25 de fevereiro a 17 de março. Trata-se de um número absolutamente corriqueiro, resultado da rotina diária de abordagens da Polícia Militar. Assim como seu antecessor (Joaquim Mesquita), o atual secretário acredita que dados inflados são suficientes para dar uma resposta à sociedade. O povo goiano cobra resultados a médio e longo prazo.
Guerra de egos
A proximidade do impeachment transformou Dilma Rousseff num ser humano mais humilde e tolerante. A contestada nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil e a tentativa de reconciliação com o vice Michel Temer são exemplos da mudança de postura. Auxiliares da petista, reservadamente, brincam que o maior atestado da nova fase “Dilma paz e amor” seria um pedido de desculpas para Henrique Meirelles (ex-Banco Central), desafeto de primeira grandeza da presidente.
Marca do pênalti
O fim da aliança entre PT e PMDB em Goiânia tem no vereador Izídio Alves um personagem emblemático. Há décadas o parlamentar mantém seus cargos na Prefeitura de Goiânia sem tomar posição contrária ao interesse do gestor de plantão. Desta vez o nível de acirramento entre os dois partidos pode tirar o peemedebista da zona de conforto.
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