Fim da linha para a união PT-PMDB
O casamento PT-PMDB em Goiânia vive de aparências há quase dois anos. As críticas do vice-prefeito Agenor Mariano à administração de Paulo Garcia, elaboradas no escritório político de Iris Rezende com aval do senador Ronaldo Caiado, representam a gota d’água numa relação conflituosa e marcada pela ausência de desconfiômetro dos dois lados. Confira os 10 principais motivos para o rompimento de uma aliança estabelecida por Iris em 2008, ano da reeleição, quando o então prefeito acalentava o sonho de voltar ao Palácio das Esmeraldas:
1- Com Iris Rezende candidato ao governo, Paulo Garcia na Prefeitura de Goiânia e o governo federal nas mãos do PT, os poucos aliados imaginavam que finalmente o PMDB abandonaria o histórico de chapa puro-sangue em 2010. Mas o partido preferiu continuar fechado ao diálogo;
2- Em 2014 foi a vez do PT pisar feio na bola com a desorientada candidatura de Antônio Gomide, apostando no desgaste da polarização Iris-Marconi. O desempenho foi tão pífio que Gomide, derrotado, tentou cargo no governo federal e agora se contenta com candidatura a vereador em Anápolis;
3- Ronaldo Caiado aproveitou a brecha deixada pelo PT e transformou o DEM no aliado número um do PMDB, mesmo com grande deficiência na qualidade dos seus quadros;
4- Inconsistência administrativa de Paulo Garcia, um prefeito que prioriza ações supostamente sustentáveis e pedaladas nas ruas da cidade, mas não consegue manter a qualidade dos serviços básicos e a rotina financeira do município;
5- Ausência de um grupo político fiel ao prefeito e realmente disposto ao enfrentamento. Dos quatro vereadores eleitos pelo PT, sobrou apenas o líder Carlos Soares;
6- Fragilidade do Governo Dilma Rousseff, cujo interlocutor em Goiás é Marconi, mais atrapalha do que ajuda;
7- Inabilidade política de secretários petistas que se julgam acima do bem e do mal e fazem pouco caso de vereadores peemedebistas;
8- Falta de rumo em críticas e questionamentos ao Governo Marconi, muitas feitas pelo vice Agenor Mariano, e depois recuo por fraqueza;
9- Adoção de medidas desgastantes como aumento de impostos em tempo de crise e redução no horário do expediente de 8 para 6 horas diárias;
10- Intensa troca de acusações nos bastidores sobre a responsabilidade pelo descompasso nas finanças municipais.
Com o Flamboyant…
Dois pesos e duas medidas da imprensa goiana ficaram evidentes na cobertura do acidente com mãe e filha na roda-gigante do Flamboyant Shopping Center nesta quinta-feira. Elas caíram de uma altura de três metros depois que a porta da cabine se abriu. Receberam imediato atendimento médico e foram levadas para o hospital com sérios ferimentos no pescoço e na face.
… é bem diferente
Os telejornais preferiram minimizar a gravidade do acidente. Um deles sequer divulgou que o fato ocorrera no Flamboyant. As capas dos três jornais diários de hoje não deram uma linha sobre o fato. Imagine, caro leitor, se o acidente tivesse ocorrido no Mutirama ou em qualquer parque de diversões particular instalado na periferia? O chão goiano viria abaixo.
Discussão sobre isso post