Goiânia e a manjada troca de asfalto
Constata-se facilmente a ausência de originalidade dos prefeitos de Goiânia com uma rápida pesquisa sobre o último ano de mandato. Todos, indistintamente, cogitam a possibilidade ou executam o serviço de reconstrução asfáltica na capital. Esse é o pensamento do prefeito Paulo Garcia ao anunciar hoje financiamento de US$ 100 milhões do Banco de Desenvolvimento da América Latina para pavimentar cerca de 600 km de vias em mais de 100 bairros de Goiânia.
Oportunismo eleitoral?
Ninguém discute a urgente necessidade do serviço em função das péssimas condições da malha viária do município, principalmente nos setores mais antigos. A dúvida levantada é sobre o oportunismo eleitoral do benefício e o tempo necessário para que a reconstrução asfáltica seja feita com precisão e qualidade. Os ex-prefeitos Nion Albernaz (PSDB) e Darci Accorsi (PT) não tiveram muito sucesso com a opção pelo recapeamento, enquanto Iris Rezende apostou todas as fichas no asfalto em bairros periféricos, além de viadutos em regiões nobres.
Ou vai ou racha
Com rejeição superior a 70%, Paulo Garcia prepara a última cartada para melhorar a própria imagem e, de quebra, dar um empurrãozinho na pré-candidatura da deputada estadual Adriana Accorsi (PT). Até o momento obras como o BRT/Norte-Sul, Macambira Anicuns e os corredores T-63 e T-7 resultaram em mais desgastes do que elogios. Paulo Garcia acredita que ainda há tempo para virar o jogo.
República de Catalão
São estarrecedores os pormenores contidos na denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa e atual prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), por suspeita de nomear 32 funcionários fantasmas em seu gabinete. Desabafo de um servidor efetivo daquela Casa de Leis após conferir todas as páginas do processo: “Dessa vez extrapolaram o limite do suportável”.
Nonato: panela velha
Goleador nato e profissional dedicado, o quarentão Nonato, do Goianésia, tem potencial para jogar em qualquer time da capital. E não se trata de pegadinha. O artilheiro do Goianão com 10 gols mais parece vinho, ou seja, seu preparo físico evoluiu muito nas últimas temporadas. Goiás, Atlético e Vila Nova deveriam ignorar o preconceito e mirar nos bons exemplos do ala Zé Roberto (Palmeiras) e do atacante Magno Alves (Fluminense).
Um Telê para Neymar
Como não se faz futebol olhando no retrovisor, fica difícil imaginar um treinador com autonomia para enquadrar medalhões como Neymar. O atacante brinca com a seleção brasileira, abusa do individualismo, do nervosismo e ainda lhe oferecem a faixa de capitão do time. Fico imaginando Neymar nas mãos do saudoso técnico Telê Santana, referência em conhecimento técnico, autoridade e espírito coletivo.
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