Rollemberg se empolga com Marconi
Influenciado pelo exemplo de Goiás, o Governo do Distrito Federal anuncia aos quatro ventos a disposição de também implantar o modelo de gestão de Organizações Sociais nas unidades de saúde. Um dos alvos é o Hospital Regional de Santa Maria, inaugurado com 340 leitos comuns, 44 leitos de UTI e que padece da permanente falta de médicos. O Centro de Obstetrícia ficou oito meses fechado por ausência completa de profissionais. Seduzido pelo discurso de desburocratização e agilidade do colega Marconi Perillo, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) talvez nem imagine a fria em que está se metendo.
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Imprensa e MP de olho
Veículos de comunicação do Distrito Federal já estão levantando dados sobre a antecipação de quase R$ 60 milhões às OS’s credenciadas para o gerenciamento do Hugol, na região noroeste de Goiânia, e do Credeq de Aparecida de Goiânia. Exatamente por não controlar a imprensa com “mãos de ferro” como Marconi, Rollemberg terá muitas dificuldades para explicar a necessidade de aportes financeiros às unidades de saúde antes mesmo do início oficial do atendimento à população. Assim como já ocorre em Goiás, o Ministério Público do DF certamente irá cobrar muitas explicações dos responsáveis.
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Tô nem aí
Nada disso tira o sono do governador Marconi Perillo. Ele tem pressa em se consolidar como referência administrativa para o país, apostando na piada de uma candidatura presidencial. Por isso não hesita em apontar todo tipo de solução para os seus colegas gestores, independente dos aspectos legais a serem cumpridos. O governador joga todas as fichas na influência decisiva sobre os demais poderes, incluindo entidades civis que não ousam contestar as suas ordens. Rollemberg está longe, muito longe desta realidade, por isso ainda há tempo para não cair em conto da carochinha.
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