Governo da bagunça e do recuo
Esqueça o que você já leu e ouviu sobre a obrigatoriedade do nível médio para os interessados no futuro concurso da área de segurança. O governo mudou de ideia. De novo. Agora a exigência é nível superior para 2,5 mil vagas. A coisa anda tão bagunçada que nem o trio Glória Pires, Leonardo e Salete Lemos consegue resolver. O criador Marconi Perillo e a cria José Eliton estão perdidos, voltam atrás em praticamente tudo aquilo que anunciam pela simples ausência de planejamento e humildade para dialogar com entidades e sindicatos envolvidos.
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Do concurso ao cangaço
Até o Zé dos Pombos da Praça Cívica sabia que a proposta de salário inicial de R$ 1,5 mil era humilhante. Uma medida que dividiria ainda mais as já divididas Polícias Civil e Militar. Mas não. Marconi e o novo xerife Zé Eliton não se curvam com facilidade. Batem cabeça o quanto podem para não dar o braço a torcer. Além da trapalhada no concurso público, asseguram ter em mãos estratégias para conter o avanço do novo cangaço nos municípios do interior. Pura balela para encher linguiça em coletiva e programa de tevê. Sem exército e armamento suficientes, impossível entrar pra valer numa guerra.
Estoque de erros
Torna-se necessário listar mais algumas derrapadas no quarto mandato do Governo Marconi: divisão e atraso na quitação da folha do funcionalismo, aumento das taxas e alteração no cronograma de pagamento do Detran, fim da isenção fiscal para empresas beneficiadas, graves problemas para conclusão e manutenção das obras, queda do ex-secretário Joaquim Mesquita horas após a confirmação da sua permanência e anúncio do retorno, em vão, de todos os PMs disponibilizados a outros poderes.
Acelerar o processo
Já é consenso entre boa parte dos políticos em Brasília de que não haverá paz para nenhum partido até que o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), assuma o comando do Palácio do Planalto e prepare a sucessão de Dilma Rousseff (PT). Com Michel Temer, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Aécio Neves no epicentro da delação do senador Delcídio do Amaral, sem contar com o inferno astral do ex-presidente Lula, todos se consideram ameaçados pelo rolo compressor das investigações.
“Cristo” na Lava Jato
Para quem entendeu que peguei pesado na análise sobre a descabida idolatria ao juiz Sérgio Moro, feita na coluna desta segunda-feira, transcrevo apenas o título de um artigo publicado hoje no jornal Diário da Manhã: “Conheça o juiz Sérgio Moro – Mais de dois mil anos depois, querem crucificar um novo redentor” (Liberato Póvoa, desembargador aposentado do TJ-TO). Sem comentários.
Era uma vez…um japonês
Sou de uma geração em que os heróis morriam de overdose, mas conseguiam durar duas, três décadas. Atualmente os “heróis” mal sobrevivem alguns meses, talvez dias, atropelados pela avalanche de informações e denúncias potencializadas nas redes sociais. Condenado pelo STF, o Japonês da Federal engrossou a lista de personagens que foram do céu ao inferno em tempo recorde.
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