Iris, Vanderlan e a hora da firmeza
A mais recente pesquisa Serpes para eleição em Goiânia sacramentou Iris Rezende (37,6%) e Vanderlan Cardoso (21,1%) como candidatos em que a população enxerga consistência e perspectiva de vitória. Os delegados Waldir Soares (12,1%) e Adriana Accorsi (6,2%) viram o sonho do discurso da segurança pública se transformar em pesadelo da falta de identidade e musculatura política. E o que falar de Francisco Júnior e Djalma Araújo? Apenas dois candidatos folclóricos, nada mais.
Candidatos suando frio
A maioria dos entrevistados sinaliza, hoje, a necessidade de um papo reservado com Iris e Vanderlan no segundo turno. Ambos têm motivos para comemorar e, ao mesmo tempo, suar frio. Atento como sempre, o eleitor goianiense quer ouvir do candidato peemedebista propostas mais objetivas sobre os problemas da capital e declarações enfáticas de que não deixará a Prefeitura para disputar o governo em 2018. Juntamente com a idade avançada – 82 anos – são os temas que mais geram desconfiança em relação a Iris Rezende nas pesquisas qualitativas.
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Aliado que incomoda
Embalado pelo sucesso do jingle “É hoje que se faz o amanhã”, Vanderlan Cardoso tem feito promessas a perder de vista, para todas as áreas. O ex-prefeito de Senador Canedo ainda não foi confrontado sobre a capacidade orçamentária do município para executar os seus compromissos, principalmente na área da saúde. Outra pedra no sapato do candidato do PSB é o apoio do governador Marconi Perillo, mal avaliado administrativamente e envolvido em três escândalos nacionais nos últimos quatro anos.
Cada um com seus problemas
A palavra que sintetiza o segundo turno em Goiânia, caso ele se concretize, é firmeza. O eleitor conhece a capacidade administrativa de Iris Rezende, entretanto o fenômeno negativo Paulo Garcia – cria do peemedebista e pior prefeito de todas as capitais brasileiras – aliado ao apetite eleitoral do ex-governador fragilizaram essa relação de confiança desde 2010. Já Vanderlan Cardoso tenta mostrar que é maior do que Senador Canedo, gestor preparado para comandar os destinos de uma Goiânia com quase 1,5 milhão de habitantes. Há pouco tempo nem ele demonstrava acreditar na própria capacidade.
Sem terceiro elemento
O eleitor goianiense emite sinais de interesse por um debate que traga luz às divergências entre Iris e Vanderlan. Quem demonstrar maior clareza e convicção nos posicionamentos tende a liquidar a fatura. Nas duas eleições em que se enfrentaram (2010 e 2014), os candidatos sucumbiram ao poder político-financeiro de Marconi Perillo. Desta vez não há terceiro elemento. Iris e Vanderlan vão para o tudo ou nada, dispostos a escrever um novo capítulo vitorioso em suas trajetórias. Três derrotas consecutivas, nem pensar.
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