O padre e as versões
As críticas ao comportamento do padre Luiz Augusto não podem ser definidas como julgamento prévio ou crucificação antecipada. Ele simplesmente deveria ter assumido perante a opinião pública que ficou 20 anos recebendo como servidor efetivo da Assembleia Legislativa sem comparecer ao local de trabalho. Como missão religiosa e assessoria parlamentar são incompatíveis, o debate ficaria restrito ao caminho tortuoso escolhido pelo padre para executar centenas de ações sociais, beneficiando milhares de pessoas.
Seguidores do líder religioso se apegam ao resultado positivo do trabalho social para defendê-lo, contudo não escondem o mal estar com as intermináveis versões apresentadas. Com Luiz Augusto cada mergulho é um flash, ou melhor, cada entrevista é uma história. Já admitiu, voltou atrás, mencionou conta bancária, plano de saúde, tentativas de obter exoneração, aquisição de medicamento e por aí afora. O padre autossuficiente e impreciso da primeira entrevista ao jornal “O Popular” deu lugar a um cliente mais humilde e orientado por advogados nas respostas ao programa “Fantástico”.
O debate público está longe de terminar, com o agravante dos cerca de R$ 3 milhões em salários recebidos e que naturalmente irão prolongar o impasse jurídico. É muito dinheiro para ser devolvido, algo que já assegura uma longa lista de novos capítulos a uma novela que agora desperta a atenção não apenas em Goiás, mas em todo o país. O enredo é digno de Janete Clair, eterna referência em sucessos televisivos: religião, política, ética e transparência.
Ossos do ofício
Promotor público atuando diretamente em casos polêmicos como o do padre Luiz Augusto e da extinção de 2,4 mil cargos de policiais temporários (Simve), Fernando Frebs desabafa ao jornal “O Hoje”: “Nem da morte tenho medo mais”. Ameaças e interessados não faltam.
Trio Parada Dura
Levantamento feito por entidades que defendem a liberdade de imprensa apontam três políticos que se notabilizam na arte de processar jornalistas: presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), senador Aécio Neves (PSDB) e governador Marconi Perillo (PSDB).
Distantes
Quanto mais o prefeito Misael Oliveira (PDT) e o ex-prefeito Vanderlan Cardoso (PSB) concedem entrevistas para negar divergência política em Senador Canedo mais fica evidente o distanciamento entre os dois grupos.
Tô (quase) fora!
O mesmo pode ser dito em relação às últimas declarações da secretária da Fazenda Ana Carla Abrão Costa com o objetivo de afastar interesse em qualquer projeto político para 2018. Filha da senadora Lúcia Vânia, o nome de Ana Carla surge espontaneamente em todas as rodas. Sintomático.
Doeu no rim
Se o deputado federal Delegado Waldir (PSDB) queria tirar o governador do sério, ele conseguiu. A simples afirmação de que “Marconi está cometendo os mesmos erros políticos do centralizador Iris Rezende na condução do PSDB” foi suficiente para abalar as estruturas do 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Marconi odeia ser comparado a Iris.
Falta um detalhe
O badalado trio do momento no futebol mundial – Messi, Neymar e Suárez – terá tudo para conquistar o título do Mundial de Clubes no final do ano, o último que falta para coroar 2015. Porém o grande desafio dos três está diretamente ligado às suas respectivas seleções: brilhar e ser fator de desequilíbrio na conquista de uma Copa do Mundo. Alcançar o patamar de Pelé, Maradona, Romário, Zidane e Ronaldo.
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