Roda fora
A interminável crise no Detran e a pressão dos excluídos do governo parecem estar mexendo com a cabeça de Marconi Perillo (PSDB). Exageros à parte, o tucano quis fazer uma média com o ex-governador Ary Valadão e conseguiu a façanha de ficar exposto por dois dias na mídia negativa nacional. Autódromo recém reformado, sucesso de público, aplausos dos pilotos e a da imprensa especializada e Marconi “inventa” uma eventual troca do nome de Ayrton Senna para Ary Valadão. Desmentir depois do desgaste? Mera bobagem.
Alto preço
A nova derrapada de Marconi atende pelo nome de autosuficiência do poder. Ele sempre recebeu elogios pela determinação, criatividade e articulação política. Chegou à segunda reeleição depois de reverter a grave crise oriunda do caso Carlinhos Cachoeira, quando praticamente ninguém mais apostava no seu sucesso. Tudo isso lhe subiu à cabeça. O governador hoje acha, aliás não, tem certeza que Goiás é pequeno demais para as suas pretensões políticas. Mas se esquece de ouvir mais antes de agir. E isso lhe tem custado caro.
Mano perdido
Outra ideia de jerico também teve vida curta. O deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) voltou atrás e retirou o projeto de lei de sua autoria que criava o Dia do Corinthians no primeiro dia de setembro, data da fundação do clube. A proposta do ex-presidente do timão já era motivo de piada em todas as rodas do futebol, até mesmo entre os corintianos. Nesse caso vale a pena repetir a frase do colunista Juca Kfouri em seu blog: “Nem o Brasil nem o Corinthians precisam de um político com essa visão”.
Roteiro
Em poucas horas os líderes maiores do PMDB estarão estrelando o programa nacional do partido em rádio e televisão. Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e os ministros de Estado apostam em frases de efeito para chamar a atenção do país e mostrar equilíbrio diante da crise administrativa do Governo Dilma Rousseff. O PMDB acredita ter chegado o momento de “impressionar” a sociedade brasileira. Resta esperar pelos argumentos.
Ciúme de homem
O atento observador do futebol não deixa de perceber a cara de poucos amigos de Luís Fabiano diante da excelente fase do colega Alexandre Pato no ataque do São Paulo. O ser humano tem grande dificuldade em lidar com o sucesso alheio, ainda mais quando a carreira já está perto do fim. Luís Fabiano até tentou disfarçar na vitória de 4 a 0 sobre o Danubio do Uruguai pela segunda rodada da Copa Libertadores, porém o olhar e os gestos revelaram um desconforto fora do comum com os gols e as jogadas de Alexandre Pato.
Tela quente
A máxima do “nada se cria, tudo se copia” voltou com força total nas emissoras de canal aberto. A disputa no final da tarde entre os programas policiais de José Luiz Datena (Band) e Marcelo Rezende (Record) agora também se estende ao final da noite com o duelo entre os programas do Ratinho (SBT) e do Gugu (Record). Todos com salários milionários, os apresentadores abusam do vale-tudo para atrair a atenção do telespectador. E ainda tem a estreia de Xuxa Meneghel na Record em março. Nessa brincadeira, “quem roda a baiana” é a audiência da Rede Globo.
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