Trincheira de guerra
Quando o excesso impera e o diálogo desaparece, o tumulto e a desavença assumem o comando. Eis o retrato hoje do quebra-pau entre servidores da Educação e guardas municipais na sede da Prefeitura de Goiânia. Imagens fortes, com desfecho em delegacia e que jogam por terra a bandeira do respeito e da boa convivência entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e os movimentos grevistas. Os ânimos estão mais acirrados do que de costume em função da fragilidade política do prefeito Paulo Garcia, que enfrenta uma pauta negativa atrás da outra.
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Tá ruim mais tá bom
Integrante do segundo escalão do Governo Marconi Perillo, daqueles com DNA do tempo novo, resolveu perguntar no grupo de WhatsApp formado apenas por servidores comissionados, qual área tem trazido mais desgastes à administração. Houve um empate triplo: 33% para Segurança Pública, 33% para Secretaria da Fazenda e 33% para o Detran. Apesar do resultado ninguém apostou em exoneração dos titulares das pastas – Joaquim Mesquita, Ana Carla Costa e João Furtado. Os três foram apontados como “costas quentes” e “imexíveis”. Pelo menos por enquanto.
Choque de realidade
A Secretaria da Fazenda viveu intenso burburinho com o anúncio da troca de diretores setoriais. O clima ficou pesado porque alguns dos envolvidos tomaram conhecimento das mudanças pela imprensa. Técnica competente no mercado financeiro, a secretária Ana Carla Costa está aprendendo na prática a real extensão do
apadrinhamento na gestão pública. E também o quanto vale pouco a expressão “carta branca” em governo.
Mundo cão
O bandido atira contra a vítima mesmo sem a menor reação. Policial dispara contra marginal imobilizado. População persegue e espanca até a morte, por engano, suspeito de tentativa de assalto. Retratos da banalização da vida, que não escolhe hora, razão, local e grau de instrução. Todos estamos sujeitos a conviver – e sofrer – com situações que nos distanciam do real sentido do respeito e do amor ao próximo.
Fracasso (I)
Muitos são os motivos apontados para a péssima média de público no Campeonato Goiano/2015. Invariavelmente passam pelo alto preço dos ingressos, ausência de jogadores de bom nível técnico e a transmissão local das partidas. Colorados apontam a falta do Vila Nova na Série A.
Fracasso (II)
Torcedores do Goiás, os mais contrariados com a acomodação do clube, ainda apontam motivo inusitado para manter distância regulamentar dos estádios: a comparação com o nível dos jogos da Taça Libertadores e, principalmente, da Liga dos Campeões da Europa.
Fracasso (III)
“Pode parecer exagero, mas o torcedor em geral já não mais suporta a terrível qualidade técnica e tática das equipes goianas”, observa o analista de sistema Eduardo Silva Guedes. Se essa comparação persistir, os estádios ficarão ainda mais vazios.
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