Intrigas e futricas políticas
O que o poder não faz. O PSDB definitivamente assumiu o protagonismo nas intrigas e futricas políticas. Já supera de longe o dividido PMDB com seu dilema “ame ou deixe Iris Rezende”. Os quatro mandatos do governador Marconi Perillo, o respaldo no Senado, a maioria dos deputados da bancada federal, o comando da Assembleia Legislativa, da Câmara Municipal, a ascensão sobre tribunais de contas e entidades de classe provocaram uma briga desenfreada nos bastidores. Tucano em Goiás deixou de ser sinônimo de pássaro em cima do muro para galo sedento por briga.
Tucanos reclamam da falta de espaço e desgaste na defesa de medidas impopulares
É interesse demais em jogo. Parlamentares federais e estaduais reclamam da falta de espaço no governo e desgaste na defesa de medidas impopulares. E ainda tem a disputa pelo comando do diretório regional. Vereadores do partido também não se entendem no plenário e brigam até mesmo pela representação da Câmara no debate do transporte coletivo. A política é feita de disputa, de enfrentamentos, isso todo mundo sabe, porém o caldo tucano em Goiás está passando do ponto em função da fragilidade financeira-administrativa do governo.
Marconi Perillo sempre teve pulso firme na condução dos destinos do PSDB e do governo. Mas ele próprio já emite sinais de pouca paciência com o excesso de cobrança e falta de engajamento dos companheiros na defesa das bandeiras do tempo novo. Marconi aposta que a crise será superada num tempo menor do que se imagina. Reservadamente, garante que já passou por piores momentos à frente do poder. E reclama o tempo todo que seu exército não pega em armas para defendê-lo. O caldeirão tucano vai esquentar ainda mais.
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