O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira (PSD), exonerou 51 secretários do 1º escalão momentos após assumir o comando do Palácio Araguaia.
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O ato administrativo foi publicado no Diário Oficial do Estado na 4ª (3), poucas horas depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o afastamento do governador Wanderley Barbosa (Republicanos).
Pandemia covid-19
Barbosa é investigado em inquérito que apura suspeita de desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021.
A Polícia Federal (PF) afirma ter reunido indícios de que os investigados se aproveitaram do estado de emergência em saúde pública e assistência social decretado no período para se apropriar de parte do dinheiro destinado ao Tocantins, incluindo recursos de emendas parlamentares.
Suspeitas
De acordo com a PF, apenas nos contratos para a compra de cestas básicas e frango congelado, que somaram R$ 97 milhões, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 73 milhões.
Por decisão do ministro Mauro Campbell, relator do caso no STJ, Barbosa e sua esposa, Karynne Sotero Campos, que ocupava a Secretaria Extraordinária de Participações Sociais, ficam afastados de suas funções por 180 dias.
Exonerações
Ao assumir, Moreira anunciou a substituição do 1º escalão do Poder Executivo por auxiliares de sua confiança. O Diário Oficial publicou 51 exonerações, além de outros oito decretos envolvendo secretários-executivos e diretores.
Posição de Barbosa
Em nota, Wanderley Barbosa afirmou que, ao assumir o cargo, havia determinado auditoria pela Procuradoria-Geral e pela Controladoria-Geral do Estado em todos os contratos investigados, com envio integral das informações às autoridades.
Ele também disse que recorrerá da decisão. “Acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de governador, comprovar a legalidade dos meus atos e assegurar a continuidade dos serviços à população”, declarou.
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