Os vocábulos da língua portuguesa vêm sofrendo alterações com o passar dos anos. As mídias sociais auxiliam na possibilidade do reconhecimento dessa situação. Pois bem, as mudanças se dão da seguinte forma: você passou a ser “vc”, com certeza se transformou em “comcerteza”, demais agora é “d+”, beleza é “blz”, aumento se escreve com “L”, descanso agora é “descanço”, como se fosse possível descansar com “ç”, e estamos que agora é “tamuh” de “tamuh juntoooo”; mas não para por aí, existe a confusão de como redigir o “mais e o mas”, tem ainda a questão do concordo que já foi absurdamente desconcordante quando escrito “Com cordo”, e assim seguem as modificações das palavras.
É possível perceber, com a identificação dessas mudanças na maneira de se comunicar, que há a possibilidade de muito em breve as pessoas voltarem a conversar somente por sinais e desenhos, assim como foi no tempo das cavernas, a exemplo da palavra curtir, que agora é uma imagem de quatro dedos voltados para a palma da mão e o polegar levantado.
Indiscutivelmente as abreviaturas são importantes e ao mesmo tempo ágeis quando o meio de comunicação é interativo e moderno; é necessário, porém, o cuidado com o uso da língua padrão.
A codificação das palavras é situação usada na gramática e é também artifício para auxiliar nas redações informais. O fato é que a ação de reunir uma palavra em códigos anda extrapolando tanto a língua oficial, pela falta de conhecimento do cidadão, quanto o bom senso na hora de escrever, e este, quando significar compreensão se escreve com “s” e não com “c”, outro engano corriqueiro.
Esta opinião aqui relatada é pessoal, mas tem por objetivo alertar para os equívocos na hora da escrita que perpassa à visão individual de quem redige.
Andréia Magalhães é docente na Estácio de Sá/GO, IPOG e Diretora na CGJGO
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