Se um colega de farda tivesse sido assassinado, Walisson Miranda Costa já o teria “pegado”.
A declaração foi feita por Anísia Francisca de Miranda Costa, 50 anos, mãe do soldado da PM morto no dia 22 de setembro em assassinato ainda sem explicação.
Em entrevista ao jornal “O Popular”, Anísia afirmou que Walisson tinha confiança na Polícia Militar.
Segundo ela, o policial chegou a dizer, em um ocasião, que, se alguém o matasse durante uma operação, pagaria com a mesma moeda.
“Ele dizia: ‘Mãe, eu posso até morrer, mas ele [o assassino] também vai morrer. Porque nós somos um cuidando do outro”, afirmou a mãe na entrevista.
Dia da morte
No dia 22 de setembro, Anísia conta que Walisson passou em casa antes de partir para uma operação com 2 colegas em uma viatura descaracterizada.
Segundo ela relatou em entrevista, o filho não parecida nervoso, ansioso ou preocupado.
Na residência da família, ele e os colegas comeram pão de queijo e jogaram futebol com um sobrinho de Walisson por cerca de 20 minutos.
“Estava normal, e os outros [policiais] também. Me pediu ‘bença’ e saiu”, contou.
Depois disso, a equipe saiu sem as fardas em um Ônix prata e o filho de Anísia nunca mais voltou para casa.
Inquérito
Segundo o titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, Álvaro Bueno, a investigação da morte do soldado Walisson é mais complexa do que a maioria dos casos ocorridos na cidade.
Isso porque não há testemunhas ou registros de imagens do autor do disparo fatal.
O delegado relatou também que várias ordens judiciais requisitadas no inquérito foram cumpridas nos últimos dias.
O teor desses pedidos, porém, Álvaro disse não poder divulgar.
Segundo ele, o inquérito já tem cerca de 500 páginas, mas não inclui a hipótese de envolvimento de um policial no caso; o que, para o delegado, é “especulação mentirosa”.
Homicídio do soldado Walisson desperta dúvidas sobre polícias
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