Contrários à “pejotização” do serviço de Saúde, médicos da rede pública municipal de Goiânia farão uma paralisação por 24 horas nesta 4ª feira (13).
A paralisação foi anunciada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).
Conforme divulgado pelo Sindicato, o início da paralisação está previsto para às 7 horas de 4ª.
Estão previstas paralisações nos seguintes atendimentos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS):
- Médicos efetivos;
- Médicos credenciados;
- Médicos vinculados;
- Prestadores de serviço.
Os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina.
Em comunicado à imprensa, o Simego afirmou que os médicos decidiram pela suspensão dos atendimentos após Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada na última semana com 259 profissionais.
Os médicos afirmam que os gestores municipais de Saúde não atenderam “integralmente às pautas de reivindicações apresentadas”.
Por que os médicos farão a paralisação?
Uma das demandas, conforme o vice-presidente do Simego, Dr. Peterson Lima, é a luta contra a pejotização do trabalho médico, que está sendo anunciada pela prefeitura de Goiânia.
À Folha Z, o dirigente afirmou que esta é a principal demanda da categoria que, segundo ele, é contrária à terceirização do serviço e à retirada dos direitos trabalhistas dos médicos.
“O modelo de contratação será o mesmo que já existe em algumas Organizações Sociais (OSs): os médicos são colocados nas empresas como sócios-contribuintes e se tornam sócios, sem atribuição de vínculo trabalhista”, contextualizou.
Segundo Peterson Lima, a modalidade de contratação dificulta a vida dos profissionais por conta da ausência de vínculo.
“Vamos supor que o médico vá ao banco pedir um empréstimo. Ele será negado. O médico não tem férias, 13º, atestado. Não tem nada e pode ser demitido de um dia para outro. Não há estabilidade”, afirmou.
Procurada pela FZ, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que não vai se posicionar até que seja consolidada a eventual paralisação.
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