Mesquita de muito papo e pouca ação
Não é somente pela paralisação de 24 horas das Polícias Civil e Militar em Goiás, mas já passou da hora do secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, dizer a que veio. Figura simpática, de perfil técnico, o auxiliar se escora em meras estatísticas pontuais para justificar controle das ações criminosas no estado. Tem mais postura de palestrante – aquele com solução para todos os problemas – do que de agente público realmente preocupado com o avanço da violência.
Blindado pelo governador Marconi Perillo desde a Operação Monte Carlo, o delegado da Polícia Federal Joaquim Mesquita carrega no semblante a confiança de que deixa o comando da segurança em Goiás somente quando quiser. E auxiliar sem medo de pressão e de cara feia é péssimo para qualquer área. Certa vez, em uma roda de jornalistas, Mesquita confidenciou que não tinha medo de desafios porque sua carreira era vitoriosa. Há uma linha tênue entre confiança e presunção. Não existe agente público insubstituível.
Engolindo a seco
Quase um ano depois e vítima de fogo amigo incessante, a secretária de Educação Raquel Teixeira finalmente se rendeu ao modelo de Organizações Sociais no comando das escolas públicas. “Os empresários são melhores gestores que os educadores”, admitiu ao jornal Folha de S. Paulo. Não havia outro caminho para Raquel. Ou vestia a camisa das OS’s com entusiasmo, algo que ela ainda duvida, ou entregava o cargo de uma vez.
Vice do barulho
A carta-sofrência de Michel Temer em relação à Dilma conseguiu a proeza de tirá-lo do ostracismo dos vices, de transformar a peça decorativa em personagem mais comentado no país. Temer pode até ter errado no conteúdo “esqueceram de mim”, porém o efeito foi gigantesco e polêmico.
Jeito esmeraldino de ser
Dois aspectos chamaram a atenção dos torcedores do Goiás nas declarações de dirigentes do clube após o rebaixamento para a Série B: a culpa jogada apenas nas costas do elenco e do inexperiente diretor Harlei Menezes, além de comparações e comentários que serviram mais para desviar o foco da responsabilidade dos cartolas. O folclórico e dissimulado Eurico Miranda, presidente do Vasco, foi muito mais homem do que Sérgio Rassi e Hailé Pinheiro, manda-chuvas do Goiás, ao assumir a culpa pelo fiasco do time carioca.
Serviço pela metade
A queda de uma árvore na rua 37, Jardim Goiás, deixou moradores contrariados com o descaso da Comurg. O fato aconteceu há duas semanas. Dois dias depois os funcionários lá estiveram e efetuaram o corte da árvore, desobstruindo a via. O que sobrou da planta, desde então, permanece na calçada, dificultando o direito de ir e vir de pedestres e dezenas de alunos que estudam na Pontifícia Universidade Católica (PUC).
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