Faltando 3 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, não resta dúvida: o atacante Michael, do Goiás, é a principal revelação de 2019.
Um vencedor dentro e fora de campo. O protagonista de uma história em que a alegria nas pernas superou as piores armadilhas da vida.
“Fiz muitas coisas erradas. Eu era um merda, um lixo. Peço perdão”, desabafou Michael à Rádio Sagres 730.
O passado do tráfico e consumo de drogas, da bebida alcóolica e dos maços de cigarro deixou várias cicatrizes no jogador. Deslumbramento não é com ele.
“Sou um sobrevivente, escapei da morte 6 vezes. Passei a ser exemplo abraçando Jesus e jogando futebol com a alegria dos tempos do terrão”, completou.
Irreverência
O que tem encantado cronistas esportivos e torcedores país afora é justamente essa irreverência.
Com rapidez e ousadia, o moleque Michael sempre busca algo mais na jogada. E não se cansa de tentar.
Desconserta os zagueiros adversários com uma leveza que fascina os amantes do futebol.
Os números da primeira experiência de Michael na Série A, até o momento, chamam atenção*:
-
- 33 jogos
- 9 gols
- 4 passes para gol
- 29 assistências para finalização
- 34 finalizações certas
- 37 finalizações erradas
- 67 dribles certos
- 23 dribles errados
- 354 passes certos
- 86 passes errados
- * (Dados Footstats)
Desempenho tão expressivo que deve provocar a venda do atacante para outro clube, apesar da multa rescisória de R$ 40 milhões.
Interessados não faltam, entre eles Sporting (Portugal) e Palmeiras. Michael deixou de ser uma simples aposta, agora é realidade.
“Não importa se um dia vou ser Pelé ou Neymar. Meu desejo é ser o melhor Michael”, declarou.
E, por falar em desejo, a minha torcida particular é para que Michael Richard Delgado de Oliveira, 23 anos, natural de Poxoréu (MT), construa uma carreira de sucesso no futebol.
Só assim sua história de superação continuará sendo contada no Brasil e no mundo. Servindo de exemplo para quem não enxerga um caminho positivo na vida.
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