MP: ação, reação e letargia
Fica difícil compreender qual a diferença entre a atuação do Ministério Público do Distrito Federal em comparação com o de Goiás. Os promotores da capital do país, em parceria com a Polícia Federal, entraram de sola na máfia dos postos de combustíveis e prenderam dezenas de envolvidos que lucravam milhões de reais com a diferença entre os preços da gasolina e do etanol. Operação que chamou a atenção do país, mas não foi suficiente para mobilizar os promotores locais, apesar da existência de indícios semelhantes na rede goiana de postos de combustíveis.
Show de combinações
E a mesma perplexidade recai agora sobre o resultado de nova investigação do MP/DF que apontou superfaturamento em show do cantor Zeca Pagodinho. O músico e autoridades do GDF foram condenados a três anos de prisão, convertidos em penas alternativas, e também a ressarcir o erário. Essa é outra realidade comum em Goiás: shows com valores exorbitantes, pagos com recursos públicos, muito acima dos preços praticados no mercado. Por enquanto o MP/GO prefere se fingir de morto, ignorando práticas nada republicanas. As evidências estão por toda parte.
Tucanos ladeira abaixo
Depois do estrelato de Beto Richa (PR) por três meses consecutivos, Geraldo Akckmin (SP) e Marconi Perillo (GO) assumiram o indesejável protagonismo na faixa de cartolina escrita pelos professores: “Governador: inimigo número um da educação”. Os tucanos, aliás, só não superam a rejeição da presidente Dilma entre os profissionais da área.
Queimando o filme
Com a vitória da base governista na Câmara Municipal ao aprovar reajuste do IPTU em segunda votação, o secretário de Finanças Jeovalter Correia se apressou em propagar que o prefeito não teme “caciques políticos”. Declaração equivocada, bem ao estilo do vice-prefeito Agenor Mariano. Também de estatura política acanhada, Jeovalter joga mais lenha na fogueira quando deveria manter-se distante da briga entre Paulo e Iris. Pode sobrar para o secretário.
Novos tempos
Frases que retratam verdadeiro exercício de pirotecnia para explicar o inexplicável:
Henrique Tibúrcio – “OAB/GO é passado e não me responsabilizo pela derrota de ninguém”;
José Carlos Bumlai – “Meu nome é José Bumlai, não é amigo do Lula”;
Delcídio Amaral – “Sempre defendi o Governo e o Congresso. Agora sou descartável”.
Pérolas negras
Belezas indiscutíveis, a jornalista Maria Júlia Coutinho e as atrizes Cris Vianna e Taís Araújo se saíram muito bem dos episódios racistas que sofreram nas redes sociais. Respaldadas pela polícia, as três contra-atacaram com determinação e profissionalismo, evitando assumir simplesmente o papel de vítimas. Foram além, orientando e estimulando outros afrodescendentes a não se calarem diante de manifestações racistas, por mais banais que possam parecer.
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