A maioria confunde novo com novidade. Embora novidade seja uma derivação sufixal do novo, as palavras guardam uma distância muito grande.
Novidade é algo passageiro, superficial, momentâneo. O novo, pelo contrário, é estável, bem mais profundo e duradouro.
De nada adianta um candidato apresentar-se como novidade, se na prática as ideias verdadeiramente não são novas.
A “Revolta dos Centavos”, que incendiou o Brasil ano passado, embora tenha sido um fogo de palha, deixou claro que o povo está cansado de roubalheira, ineficiência da gestão pública e picuinhas político-partidárias.
Os manifestantes, sobretudo os jovens, não dão a mínima para o denuncismo que se instala no País a cada eleição. Igualmente não querem saber qual é o viés ideológico de determinado político. Eles buscam resultados. Menos discurso e mais ação.
Dois dos pré-candidatos ao governo de Goiás já apresentam suas receitas. Vanderlan Cardoso (PSB) critica o que chama de “política velha”, mas não avança na explicação do que seja uma “política nova”.
Júnior do Friboi, do PMDB, afirma que Goiás vive uma “ditadura provinciana”.
A rigor, nenhum político se apresenta como o velho.
O segredo para quem está o poder é saber se reciclar.
Um das melhores definições do novo talvez tenha disso do pesquisador Mário Rodrigues Filho, do Grupom, em matéria do Jornal Opção: “O novo só é novo quando ele existe”.
Não há nada mais falso que alguém, de ideias e prática velhas, se apresentar como novo.
Marcos Cipriano é bloguista do Portal Notícias de Goiás
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