Fontes ligadas à força-tarefa que busca Lázaro Barbosa na região de Cocalzinho de Goiás revelaram à reportagem que a expectativa de captura do criminoso está “consideravelmente” menor após 16 dias de operação.
A convicção é de que os quase 300 policiais destacados para o serviço não vão conseguir prender ou mesmo localizar o foragido a não ser que ele se entregue voluntariamente.
“Quando começou a operação, o trabalho estava desorganizado, sem cooperação entre os grupos. Só depois a estratégia passou a ser concentrada”, afirmou um policial, que preferiu não se identificar.
Segundo ele, boa parte das diligências já realizadas foram baseadas em variadas denúncias e até rumores.
Só no disque-denúncia disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública foram mais de 1 mil ligações, a maior parte delas trotes.
Duas semanas depois, os esforços mudaram e agora são baseados em inteligência.
Uma das principais medidas adotadas foi o monitoramento de familiares e conhecidos de Lázaro.
Caso eles recebem alguma ligação ou sejam contatados de outra forma pelo criminoso, a informação não escapará à polícia.
Desentendimento
Uma das consequências do “caos” dos primeiros dias de buscas, segundo a fonte, foi o distanciamento da Polícia Rodoviária Federal das atividades.
Após desentendimentos com outros grupos, a cúpula da PRF decidiu que seus agentes passariam a se concentrar no monitoramento das rodovias, sem incursões pelas matas ou outras missões semelhantes.
O motivo: ciúmes e desconfianças entre as forças.
Houve relatos até mesmo de sabotagem interna e de disparos acidentais, por “susto”.
Na tensão e precariedade da situação, policiais temem ser confundidos com o bandido e, acidentalmente, acabarem baleados.
O clima de medo é especialmente predominante durante as noites, durante as quais a maioria dos agentes prefere ficar próxima das viaturas, com o giroflex ligado, para que seus rostos e identificações fiquem visíveis.
“No início, todo mundo queria ser o ‘cara’ a chegar primeiro no Lázaro. Agora, quanto mais gente estiver envolvida lá melhor para eles, pra poder compartilhar o fracasso”, desabafou a fonte.
Apesar de algumas pistas terem sido apresentadas pela Segurança Pública, a Operação Lázaro entra na 3ª semana sem indícios de que terminará em breve.
Lázaro filmou vítimas nuas e obrigou que rezassem o Pai Nosso durante assalto
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