Um homem de 38 anos foi preso nessa 2ª feira (4) após manter mulher e filhos em cárcere privado sob a mira de uma pistola em Aparecida de Goiânia e se entregar apenas depois de cerca de 3 horas de negociações.
À reportagem, o subcomandante da CPE (Companhia de Policiamento Especializado) de Aparecida de Goiânia, capitão Cridiney Teixeira, contou os detalhes da mega-operação que mobilizou cerca de 30 policiais e terminou sem nenhum ferido.
De acordo com ele, uma equipe da CPE estava em patrulhamento pela região do Jardim Bonança quando recebeu informações de moradores de que um casal estava brigando e que um indivíduo estava armado dentro da residência, em situação flagrancial.
Polícia encontra reféns e cerca perímetro
Ao chegarem ao local, os militares encontraram um carro atravessado na frente do portão da casa e puderam ouvir música alta e barulho de discussão intensa no interior do imóvel.
Diante do risco à vida dos ocupantes, a equipe decidiu adentrar a residência, momento em que avistou o indivíduo armado fugindo para os cômodos internos do imóvel arrastando uma mulher.
Uma menina de 10 anos e um menino de 4 também foram identificados na sala.
Segundo o subcomandante, ao se aproximarem de um dos quartos, os policiais ouviram um disparo de arma de fogo e a ameaça do indivíduo de que, caso forçassem a entrada, ele mataria a mulher.
Foi então que os militares retiraram as crianças da casa, cercaram perímetro e acionaram apoio, composto pelo grupo de negociadores da Polícia Militar e equipe tática do Batalhão de Operações Especiais (Bope), além do Corpo de Bombeiros.
2 horas e meia de negociações
O indivíduo, então, se deslocou para um banheiro, mantendo uma pistola calibre 380 apontada para a sua companeira, ameaçando matá-la e depois tirar a própria vida.
Foi necessário mais de 2 horas e meia de negociações até que ele se rendesse.
Após entregar 2 carregadores e a pistola, ele foi algemado e conduzido à Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia.
Desfecho
Segundo a Polícia Civil, o detido deve ser indiciado pelos crimes de cárcere privado, desobediência e disparo de arma de fogo.
Ele já tem passagens por Homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, conforme relatou a PM.
À imprensa, a defesa do investigado afirmou que ele é dependente químico e teve um “surto de perseguição ocasionado pelo consumo ininterrupto de bebidas alcoólicas e de cocaína desde a tarde” anterior.
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