Um escritor deve ser capaz de inspirar a reflexão, muito mais do que simplesmente escrever o que sente ou dizer o que pensa. Inspirar significa acreditar que o próximo, neste caso o leitor, é capaz de raciocinar e encontrar as respostas importantes para o seu crescimento pessoal.
Dhiogo José Caetano, jovem escritor goiano, nascido em Uruana, desponta na nova geração de autores, e já coleciona prêmios e condecorações importantes. Autor de “O medo da Morte”, “O menino do futuro”e “Walppher”, divulga também as suas ideias nos diversos blogs em que publica.
Sempre ouvimos dizer, especialmente no Brasil, que faltam autores de relevância intelectual, e isso acontece porque a maioria não observa atentamente. O Brasil é um celeiro de artistas de qualidade e valor, e este reconhecimento acontece muito naturalmente no Exterior, sempre que os trabalhos são publicados por lá.
Esse conceito também está relacionado com a tendência, muito usual no Brasil, para fazer comparações. Acontece que justamente na diversidade de talentos e pensamentos, enriquecemos uma Nação e construímos uma literatura capaz de refletir o seu tempo, como aconteceu no passado.
Todos os autores, em algum momento das suas vidas, encontraram também estes conceitos, ultrapassados, mas a questão é que o novo vem justamente para dar prosseguimento ao trabalho iniciado pelo antigo. Este bastão deve ser passado através das gerações, sem que uma obra supere a outra, apenas mantenha a chama do conhecimento e do pensamento humano, acesa.
As novas lideranças literárias estão por ai, construindo a sua obra e refletindo os valores da época. Isso é fundamental para a Sociedade, pois torna-se uma linha divisória para tudo o que virá a seguir, o nosso futuro.
Nunca se publicou tanto, as novas mídias e a facilidade para imprimir, ou simplesmente digitalizar os livros, multiplicaram o número de autores. Para os mais conservadores, pode parecer o fim, mas para quem observar cuidadosamente, pode representar o início de um momento especial para a humanidade. Não podemos esquecer que o conhecimento é algo transformador, uma luz renovadora, uma joia de inestimável valor.
No meio de tantas publicações, podemos separar sim, as publicações que tem algo significativo a oferecer.
Os autores que se dedicam ao mero entretenimento, tem o seu espaço e leitores, mas o que diferencia um autor que marca uma geração, é esta capacidade de inspirar a reflexão, que mencionei no início, e Dhiogo tem feito isso muito bem. Que continue assim.
“Elimina o meu ser.
Apaga a minha alma.
Exclui os resquícios de um sonho.
Deleta as marcas indeléveis de um projeto de pensador.
Desterre a minha imagem.
Exile o suprassumo existente de um artista inexistente.
Lá se vai a minha sombra no infinito horizonte”. (Dhiogo José Caetano)
Adriana Janaína é poeta e escritora
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