Uma ossada encontrada em uma fazenda na zona rural de Aparecida de Goiânia pode ser do cantor MC Kaíque Sabotinha, 17 anos, desaparecido há quase um ano.
O rapper Kaíque Liberato de Melo desapareceu no dia 22 de novembro de 2017 após ser capturado dentro da própria casa por supostos policiais.
Até agora, nenhuma pista de seu paradeiro havia sido encontrada.
Os restos mortais foram localizados na Fazenda Santo Antônio, próxima à divisa com o município de Hidrolândia.
O local fica a 22,3 km da residência do cantor em Aparecida de Goiânia, onde foi visto pela última vez.
Goiás Esporte Clube
Junto à ossada, foram encontrados uma camiseta do Goiás Esporte Clube, uma bermuda e um piercing de língua.
Sabotinha era torcedor do time, mas os familiares não se lembram se ele trajava a camisa do clube no momento em que foi sequestrado.
A família confirma, no entanto, que o jovem usava piercing.
O titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Valdemir Branco, afirmou que cruzará o material genético do pai da vítima, Jonas Melo, com os restos mortais encontrados.
A polícia continua investigando o caso e segue ainda sem mais esclarecimentos.
O desaparecimento
O rapper estava em sua casa, no bairro Colina de Homero, quando um veículo Ford Fiesta Preto estacionou próximo à casa.
Três homens armados invadiram a casa e, alegando serem policiais, alertaram para que não reagissem.
Na ocasião, Sabotinha estava junto com um irmão, que obedeceu aos supostos policiais e ficou deitado na cozinha do chão, com medo de represália.
Os suspeitos revisaram a casa e, em seguida, levaram o rapper no veículo. O irmão, portanto, foi a única testemunha do ocorrido.
Hoje, a família encontra-se em outro endereço, por medo de novos ataques.
Nas redes sociais, a hashtag #cadeosabotinha, usada em campanha para localizar o jovem, foi bastante publicada por internautas no Twitter e Facebook.
O cenário do hip-hop goiano se mobilizou após o sumiço repentino do jovem e luta para que o caso seja esclarecido.
O movimento negro também se mobilizou em torno do desaparecimento e critica declarações de que o rapper era criminoso, já que ele não tinha passagem pela polícia.
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