O pastor Jonas Felício Pimentel, da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, causou revolta nas redes sociais após uma fala que responsabiliza crianças vítimas de abuso sexual pelos crimes.
O trecho com a fala absurda ganhou as redes.
“Existem situações que quando acontece um abuso de uma criança, a criança é também culpada, porque ela deu lugar. Crianças também têm culpa, têm participação, mas não todos os casos. Eu quero deixar isso bem claro”, afirmou o pastor.
A defesa do religioso tentou reverter o cenário, declarando que ele apenas quis “alertar os fiéis” com “orientações sobre o cuidado com os filhos”.
Não deixou nada menos absurdo.
Jonas Felício e sua defesa alegam estar fazendo alerta contra malfeitores.
Ao mesmo, equiparam as próprias crianças com esses mesmos malfeitores, uma vez que a fala deu a entender que quer dividir a responsabilidade.
Atribuir a uma criança, a uma vítima, a responsabilidade por estar num lugar de vulnerabilidade que permite tamanha violência é, no mínimo, lamentável.
A dita recomendação de proteger crianças (inclusive do contato com parentes e amigos) é irresponsável por se valer de uma associação repugnante.
Por mais que tenha buscado “esclarecer”, de forma deturpada, que estaria falando de exceções, o pastor erra.
É sexualizar a criança, sexualizar um abuso. É sexualizar um crime.
A revolta das redes chegou, inclusive, até Xuxa Meneghel.
A artista lembrou que foi abusada até os 13 anos e expressou seu choque em post no seu perfil pessoal.
“Suas falas dão NOJO, são repugnantes”.