Pede pra sair, Joaquim Mesquita!
A questão não é pessoal, mas sim de motivação. O atual secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás tem na ponta da língua a resposta para qualquer problema na sua área. Do brutal assassinato de uma estudante na porta do colégio em área nobre de Goiânia até os casos de policiais baleados em confronto com bandidos, para tudo há uma explicação, uma estatística. As famílias choram, a população se apavora e Joaquim Mesquita faz cara de paisagem com uma calculadora nas mãos.
Cemitério lotado
O atual cenário exige uma sacudida geral na segurança pública. Por mais que o Palácio das Esmeraldas tenha compromissos de toda ordem com Joaquim Mesquita, seu tempo expirou. Na gíria da bandidagem “perdeu playboy”, frase que mais se ouve em Goiás nos últimos anos. O cemitério está lotado de pessoas insubstituíveis. Seria mais digno para o secretário se ele próprio tomasse a iniciativa de entregar o cargo, passando o bastão para alguém mais disposto, determinado e que não fique apenas lamentando a legislação frouxa.
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Mudança urgente
Acorda, governador Marconi Perillo! A sociedade exige pulso firme e criatividade no enfrentamento dos graves problemas do setor público. O mínimo que se espera é a substituição de toda a cúpula da segurança, medida necessária para a oxigenação do trabalho realizado até o momento. E que as mudanças venham acompanhadas, com urgência, de reforço no efetivo de policiais civis e militares nas ruas. Não há outra forma de combater a ousadia dos criminosos. Fora disso será entregar, definitivamente, “o ouro para o bandido”.
Coincidências da vida
O senador Delcídio do Amaral representa politicamente hoje para o PT o que o ex-ministro José Dirceu valia no passado. E o mesmo pode ser dito sobre os marqueteiros João Santana e Duda Mendonça. O instrumento da delação premiada é que deixa os governistas de cabelo em pé. Dirceu e Duda suportaram a pressão, enquanto Delcídio e Santana se revelam muito, muito vulneráveis.
Vergonha mútua
Não foi por falta de aviso. Vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano disparou pesadas críticas contra a administração petista e depois sumiu. Contrariado, o prefeito Paulo Garcia revidou contra Iris Rezende e seu preposto peemedebista também de forma desequilibrada. Hoje os dois lados reconhecem os exageros e ensaiam uma reaproximação. Moral da história: não se acaba com casamento político-administrativo em página de jornal, ignorando o ritual da entrega de cargos e mudança coletiva de rumo. O que temos pra hoje é constrangimento geral.
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