Fernando Haddad (PT) – nem mesmo as bênçãos do Papa Francisco foram suficientes para amenizar o sufoco administrativo. Acusado de inflar em 20 vezes o pacote de realizações com obras inacabadas, o prefeito de São Paulo ocupa novamente as manchetes ao provocar um rombo nas contas municipais;
José Luiz Datena (PP) – sua viabilidade política depende diretamente de um fator: o controle sobre a boca. Quem fala pelos cotovelos não costuma sobreviver como pré-candidato, ainda mais à Prefeitura de São Paulo;
Aécio Neves (PSDB) – gostando ou não a maioria dos correligionários, hoje é o anti-Dilma. Enfrenta uma ação orquestrada para isolá-lo no partido, comandada diretamente pela ala paulista com respaldo dos governadores;
Eduardo Cunha (PMDB) – o presidente da Câmara dos Deputados sabe que só lhe resta ir para o tudo ou nada na retomada dos trabalhos legislativos. Este tipo de comportamento kamikaze geralmente fortalece o adversário, mesmo sendo um governo à deriva.
Panela de pressão
A contaminação política da disputa entre taxistas e o aplicativo Uber tende a acirrar ainda mais os ânimos. Pensando no retorno eleitoral, alguns parlamentares sinalizam apoio a manifestações que interferem diretamente no direito de ir e vier do cidadão nas principais capitais do país. O serviço oferecido pelo aplicativo deixará de ser uma ameaça a partir do momento que for regulamentado, assim como acontece com outras categorias.
Tatu e afins
Excelente a abordagem da repórter Malu Longo (O Popular) sobre Marcelo Neres da Silva, o homem tatu que mora em um buraco a poucos metros do Paço Municipal. Portador de distúrbios mentais, ele é o mais recente retrato do descaso criado pelos labirintos burocráticos do poder público. Além do homem tatu, nossas ruas e praças públicas estão cheias de outros “exemplares”: homem árvore, homem sofá, homem bueiro, homem papelão e por aí afora.
Outro lado
Mas justiça seja feita: ao contrário do homem tatu que vive em um mundo imaginário, a grande maioria dos casos remete a pessoas que se recusam a aceitar novamente as regras da sociedade. Tive a oportunidade de acompanhar inúmeros exemplos na Casa da Acolhida, no bairro de Campinas. Retiradas das ruas, as pessoas simplesmente mantêm hábitos de comer e fazer suas necessidades como se ainda vivessem ao ar livre. Também hostilizam, agridem e fogem de quem lhes cobra disciplina e responsabilidade.
Dormindo no ponto
Os moradores de Cristalina agradecem o empenho do Ministério Público Federal em recomendar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a isenção do pagamento do pedágio na BR-040. É que o posto de cobrança (R$9,20 ida e volta) fica bem próximo ao município. Restam duas perguntas: por que essa medida só foi anunciada poucas horas antes do início da operação? Não seria melhor intermediar uma solução com antecedência, ainda durante a construção do posto de pedágio?
Momento saudade
Vinte e um anos sem o humorista Mussum, para muitos o trapalhão mais carismático entre os quatro que surgiram na década de 1970. Com sua espontaneidade, Mussum não precisava de muito estudo e interpretação para levar qualquer plateia ao riso.
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