Pregos na areia
Chama atenção e merece destaque a “firmeza” de opinião de alguns agentes políticos em momentos distintos:
Dilma Rousseff, presidente da República, admite ter demorado a perceber a gravidade da crise econômica. Surpresa mesmo seria se ela assumisse as pedaladas fiscais, algo comum entre os gestores país afora, ou mesmo a sua incapacidade política para superar adversidades.
Aécio Neves, presidente do PSDB, anuncia e recua pela terceira vez da mobilização de partidos para discutir o impeachment de Dilma. Não consegue aglutinar forças dentro do próprio ninho tucano. O senador mineiro se transformou em candidato derrotado de uma nota só.
Marconi Perillo, governador de Goiás, informa a todo momento que comissões internas irão combater corrupção, funcionários fantasmas e desvios de função em seu governo. E lá se vão 17 anos em que só Ele manda no estado, inclusive com poder paralelo durante o governo Alcides.
Paulo Garcia, prefeito de Goiânia, comunica intervenção na Comurg para combater abusos e diz que lá despacharia pessoalmente dois dias da semana. Desiste da ideia, foge da raia e nomeia interventor como se não estivesse no comando das ações administrativas desde abril de 2010.
Jayme Rincón, presidente da Agetop, bate no peito e diz que estaria disponível a prestar qualquer informação sobre os processos investigados pela Operação Compadrio, deflagrada pelo Ministério Público. Valentia durou três dias, duas fases da operação e um pretenso “culpado” pelo erro de estratégia: deputado Santana Gomes.
Luís César Bueno, deputado estadual (PT), corrige declaração de que o seu partido teria candidatura própria à Prefeitura de Goiânia, abre as portas para o DEM de Ronaldo Caiado na coligação e praticamente confirma Iris Rezende (PMDB) na cabeça de chapa.
Não larga o osso
Ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney anunciou aos quatro quantos que pretendia se afastar da vida pública para cuidar de interesses particulares. Chegou a passar uma temporada no exterior. O momento de sinceridade, porém, não passou de blefe. Eis que a peemedebista ressurge das cinzas flertando com uma candidatura à prefeitura da capital São Luís em 2016, mesmo com a rejeição nas alturas. As artimanhas políticas são sempre as mesmas, mudam apenas de endereço.
A propósito
Quando o assunto é candidatura a cargos públicos, as raposas políticas do PT, PSDB, PMDB, PP, PTB, PSB, PDT e DEM, pra citar apenas os principais, se nivelam em gênero, número e grau. A única certeza de candidatura inviável, impossível, recai sobre aqueles que já não estão mais entre nós. Se vivos estivessem, Ulysses Guimarães, ACM, Mário Covas, Leonel Brizola e Miguel Arraes continuariam colocando seus nomes à disposição dos respectivos partidos. Alguém duvida?
Rápidas
… Audiência do Programa Xuxa Meneghel (Rede Record) caiu 25% já na segunda edição. E não foi por falta de sexo, o assunto mais debatido.
… O já desgastado Maurício Sampaio, manda-chuva do Atlético/GO, prejudica ambiente no clube ao promover troca de acusações com o ex-presidente Valdivino de Oliveira. Amadorismo.
… Vencedores da segunda etapa do concurso de melhor dupla sertaneja da TV Anhanguera, João Pedro e Waldemar estão com as mãos no prêmio. Como já era aguardado pelo esquema profissional que os cerca.
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