Na manhã desta quinta, 7, foram presos pela Polícia Civil 7 suspeitos de envolvimento em irregularidades no Detran Goiás.
Os detidos foram conduzidos ao Grupo Especial de Combate à Corrupção, no Setor Aeroviário, em Goiânia.
De acordo com a PC, a investigação trata de um processo licitatório realizado em 2014.
Foram alvos dos mandatos de prisão pessoas ligadas à Sanperes Avaliação e Vistorias em Veículos LTDA, vencedora do processo de R$ 110 milhões.
Entre elas estão Ganda dos Santos, Sérgio Augusto Nunes Pinto, Wederson da Silva Viana, Rosana Ribeiro da Silva, Vagner Pedroso Caovila e Carlos Henrique Senkiio.
Ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia na década de 1990, Marcelo Augusto Sampaio Martins também foi detido.
Entenda o caso
A Operação Cegueira Deliberada investiga crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran).
A apuração aponta fraude em processo licitatório realizado pelo Detran em 2014 para o serviço de vistoria veicular.
Segundo a PC, houve direcionamento na confecção do edital, ausência de audiência pública e irregularidades na habilitação da Sanperes, além de superfaturamento e reajustes ilegais.
A operação já cumpriu 62 mandados judiciais, sendo 7 de prisão temporária e 55 de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
A força-tarefa também apreendeu documentos, obras de arte de artistas renomados, como Antônio Poteiro, relógios de luxo e uma grande quantidade de dinheiro, além de 17 veículos, entre eles um Porsche e BMW.
Confira alguns dos objetos alvo de busca e apreensão na Operação Cegueira Deliberada:
Respostas
Por meio de nota, o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) disse que apoia e colabora com a polícia, enfatizando que a ação investiga a gestão anterior do órgão.
Também em nota, a Sanperes, concessionária do serviço de vistorias veiculares em Goiás, esclareceu que foi surpreendida pela operação, já que seus sócios não foram intimados para nenhuma diligência antes disso.
Por isso, a empresa considerou os atos como arbitrários e acrescentou que o seu departamento jurídico da empresa tomará as providências cabíveis, buscando a “apuração dos fatos e a efetivação da justiça, além de atuar no sentido de contribuir com o bom andamento do processo”.
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