O ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, decidiu não decretar o fim do partido.
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Apesar das negociações avançadas para uma possível incorporação ao MDB ou ao PSD, o tucano recuou e optou por preservar a identidade e a existência do PSDB.
No discurso oficial, a legenda reforça o compromisso de manter vivos seus símbolos e seu legado histórico, que seriam apagados em uma eventual fusão ou incorporação.
Na prática, a decisão reflete a falta de consenso interno para seguir com a proposta.
Marconi foi um dos principais opositores à incorporação pelo MDB, liderado em Goiás pelo vice-governador Daniel Vilela, já que planeja disputar o Palácio das Esmeraldas pela 5ª vez.
Do outro lado, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) se posicionou contra a fusão com o PSD, partido do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, seu provável concorrente por uma vaga no Senado.
Nota conjunta PSDB
Em nota divulgada nesta 4ª feira (13), Marconi Perillo reafirmou que o PSDB não vai desaparecer e anunciou o adiamento das discussões sobre fusões para priorizar a formação de chapas fortes e a ampliação da federação partidária, que atualmente inclui apenas o Cidadania, com prazo de encerramento em 2026.
Líderes tucanos como Eduardo Leite, Aécio Neves e o próprio Perillo adotaram o mesmo tom, destacando que o partido busca novas alianças com siglas de centro para fortalecer seu projeto político.
Perillo também não descartou a possibilidade de o PSDB incorporar outras legendas no futuro.
Risco necessário em 2026
O que a nota não menciona é o desafio iminente do PSDB para 2026: lançar candidatos de peso, especialmente para a Câmara dos Deputados, sob o risco de não atingir a cláusula de desempenho e desaparecer do cenário nacional.
Com nomes históricos fora do páreo — Tasso Jereissati aposentado, José Serra sem mandato e Geraldo Alckmin e João Doria fora do PSDB —, Marconi e Aécio são as principais apostas do partido.
Enquanto Perillo já é ventilado como candidato ao governo de Goiás, Aécio pode buscar uma cadeira no Senado.
Sem candidatos competitivos, o PSDB corre o risco real de não sobreviver politicamente após 2026.
Para manter vivo o tucano, o azul e o número 45, Marconi Perillo terá que ousar, possivelmente retornando ao cargo que o lançou nacionalmente em 1994: o governo de Goiás.
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