Sem pagar aluguel desde julho de 2017, a Ricardo Eletro será despejada do Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia.
A ordem de despejo foi expedida pelo juiz J. Leal de Sousa, da 1ª Vara Cível aparecidense.
Ainda em abril deste ano, o juiz deu prazo de 15 dias para que a loja pagasse seu débito com a sociedade “Buriti Participações e Empreendimentos Ltda”.
Caso não ocorresse a quitação da dívida, a empresa seria despejada.
E foi o que acabou ocorrendo.
Inadimplente, a Ricardo Eletro entrou com pedido recuperação judicial, medida legal utilizada para tentar evitar a falência de uma empresa.
Porém, o juiz entendeu que o processo não suspende a ordem de desocupação.
“Ocorreria flagrante violação ao direito fundamental de propriedade da locadora a manutenção da posse direita do locatário no imóvel, sem pagamentos, até o deslinde do processo concursal”, pontuou o magistrado.
De acordo com a defesa do Buriti Shopping, um contrato de locação com prazo de 60 meses foi assinado em junho de 2014.
Depois da metade de 2017, porém, as obrigações deixaram de ser pagas pela locatária, que “não deu nenhuma satisfação”, segundo os advogados.
Crise na Ricardo Eletro
Em crise desde 2016, a Máquina de Vendas, dona da marca, teve seu controle comprado pelo fundo norte-americano Apollo por R$ 500 milhões.
Fora o investimento, o fundo renegocia dívida de R$ 1,28 bilhão do grupo com bancos e fornecedores.
O empresário e fundador da rede, o mineiro Ricardo Nunes, deixará a presidência.
Em números, o faturamento da Ricardo Eletro caiu de R$ 9 bilhões, em 2014, para os R$ 5,5 bilhões atuais.
Já os funcionários, que eram 23 mil, agora são 13,8 mil.
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