Os grandes conglomerados de comunicação do país assumiram a máxima do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
O SBT de Sílvio Santos anunciou hoje que vai demitir mais 150 funcionários.
A Rede Globo também negociou, na última segunda-feira, a rescisão de 100 novos contratos de trabalho com entidades sindicais.
A Editoria Abril, por sua vez, enfrenta ações judiciais após demitir, desde 2017, 1.200 trabalhadores e não conseguir viabilizar os acertos trabalhistas.
Pare e reflita: os órgãos de imprensa que mais orientam leitores, ouvintes e telespectadores sobre como se comportar financeiramente, não estão fazendo o dever de casa.
Exemplos
SBT, Globo e Abril, aliás, são apenas 3 exemplos de um universo empresarial que se perdeu em meio a grandes investimentos e demorou para compreender a necessidade de enxugar gastos.
Sílvio Santos já não “topa tudo por dinheiro” no SBT, o caixa com dificuldade financeira “isso a Globo não mostra” e a Abril tem recorrido a um “Exame” no tamanho dos processos.
A gigantesca pilastra religiosa fez a Rede Record escapar da sangria financeira e ainda absorver boa parte dos ex-globais.
A ironia é que os veículos de comunicação têm como hábito ditar rumos para a economia, apontar o certo e o errado no caminho da iniciativa privada e da gestão pública.
Naufrágio
Profissionais capacitados do jornalismo poderiam encontrar alternativas para assegurar, antes de tudo, a sobrevivência do grupo a que pertencem e somente depois focar no quintal do próximo.
Quem vai acreditar na habilidade de um comandante que é incapaz de evitar o naufrágio do próprio navio?
SBT e Globo devem anunciar mais demissões nos próximos meses, fato que vem provocando apreensão nos corredores das emissoras.
Crise financeira não escolhe hora, local e o tamanho do alvo. Rede Globo, Grupo Sílvio Santos e Editora Abril, impérios financeiros por décadas, estão na berlinda e não sabem por quanto tempo a agonia vai durar.
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